São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 1996
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Americana está presa no Peru

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Os pais da norte-americana Lori Berenson, condenada à prisão perpétua no Peru por sua ligação com o movimento Tupac Amaru, disseram estar "aflitos" com a situação dos sequestrados na casa do embaixador japonês em Lima.
O advogado do casal Berenson, Bob Swartz, divulgou nota oficial em seu nome, na qual não se menciona possível ligação entre o sequestro e a situação da filha.
Lori Berenson, 27, foi para o Peru em novembro de 1994 para defender os direitos humanos naquele país, depois de ter passado dois anos na América Central com o mesmo objetivo. Em novembro de 1995, foi presa e acusada de ajudar projetos terroristas.
Ela se diz inocente das acusações. Seu julgamento ocorreu num tribunal militar secreto. Os pais de Lori só tiveram autorização para visitá-la, por 30 minutos, há um mês. O relato que fizeram das condições do presídio de Yanamayo apareceu com destaque em diversos jornais e revistas nos EUA.
Extradição
Há um movimento internacional para obter a libertação de Lori Berenson ou, pelo menos, um novo julgamento, aberto e com a presença de observadores.
Seus pais dizem que ela recusou a possibilidade de ser extraditada para cumprir a pena nos EUA porque isso significaria que ela admite sua culpa nas acusações.
Não está confirmado se o nome de Lori Berenson está na lista das pessoas que o Tupac Amaru deseja ver libertadas.

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