São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 1996
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Ação tem diferentes versões

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Desde o início da tomada de reféns em Lima, foram divulgadas várias versões sobre a entrada dos guerrilheiros no local.
Ao mesmo tempo, segundo essa versão, ocorreram explosões no jardim, com o objetivo de despistar policiais que montavam guarda em frente à casa. Um outro grupo teria entrado pela porta principal depois de tiroteio com policiais.
Casa vizinha
A presença na casa de guerrilheiros escondidos como garçons foi negada ontem pela Subunidade de Ações Táticas (Suat), da Polícia Nacional.
A versão do órgão é a mesma que foi divulgada ontem por alguns jornais peruanos: os guerrilheiros haviam entrado por uma casa adjacente ao complexo da casa do embaixador.
Pelo menos um dos barulhos de explosão ouvidos teria sido causado por uma bomba colocada na parede da casa vizinha. Os guerrilheiros teriam entrado então pelo buraco formado.
Túnel
Outras versões de jornais falam sobre um túnel entre uma casa vizinha, sem especificar se é adjacente, e a do embaixador. Segundo o "La República", a casa usada para o ataque tinha sido alugada pela guerrilha havia três meses.
A munição e máscaras de gás teriam sido estocadas na casa e levadas de lá pelo buraco ou pelo túnel.
Buraco
A agência de notícias "Reuter", citando testemunhas e autoridades, afirmou que foi um projétil o que criou o buraco que permitiu a passagem dos guerrilheiros.
Foi divulgado antes pela agência que os guerrilheiros haviam entrado com cordas por cima do muro, versão descartada mais tarde.
Segundo a Suat, os guerrilheiros teriam ainda usado um furgão roubado pintado de ambulância para chegar à região, cercada de policiais por causa da festa.
Essa versão não nega a possibilidade de alguns dos guerrilheiros terem entrado na casa pela porta da frente durante o tiroteio, mas rejeita a tese dos membros do Tupac Amaru vestidos de garçons.

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