São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Havana reage com cautela
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O governo de Havana disse ontem que está acompanhando de perto o sequestro na Embaixada do Japão em Lima, mas não condenou o incidente. Dois diplomatas cubanos estão entre os reféns.Analistas acreditam que a postura cautelosa de Cuba se deve à possibilidade de o país ser chamado a mediar o diálogo com os guerrilheiros do MRTA. O grupo esquerdista é de inspiração cubana. O Conselho de Segurança da ONU emitiu nota condenando a tomada dos reféns e exigindo a sua imediata libertação. Reino Unido e dos Estados Unidos enviaram ao Peru especialistas em negociação com terroristas para ajudar na solução do sequestro. Os governos dos dois países também estão reforçando a segurança das sedes diplomáticas e de seus cidadãos que vivem no país. Os EUA reafirmaram ontem a posição para que o Peru não atenda às solicitações dos guerrilheiros. Também há informações não-confirmadas de que britânicos e americanos teriam oferecido o envio de equipes especializadas para atuar no resgate dos reféns. O Itamaraty reuniu ontem à tarde em Brasília representantes dos 26 países que têm diplomatas mantidos como reféns por guerrilheiros peruanos para firmar uma posição priorizando a negociação. O chefe do Departamento das Américas do Itamaraty, Luiz Augusto de Castro Neves, disse que todos os países esperam ser consultados sobre qualquer ação que venha a ser decidida entre os governos do Peru e do Japão. Texto Anterior: Ação tem diferentes versões Próximo Texto: Fujimori depende de economia e terror Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |