São Paulo, sábado, 21 de dezembro de 1996
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Tem líder que é cego; Limite delicado; Dever de ofício; O passado condena; Buraco negro; Reformas depois; Agenda tucana; Não custa tentar; Sem folga; Leite derramado; Fumaça na linha; Só para comparar; Primeira oposição; Velocidade segura; Estilo Maluf; Aos leões; Pano para manga

Tem líder que é cego
As articulações de Serjão para eleger ACM não abalaram a confiança do PMDB na isenção de FHC na eleição do Senado."Prefiro achar que ele está desinformado, apesar de ser o ministro das Comunicações", diz Jader.

Limite delicado
Na avaliação dos peemedebistas, a nota do PSDB em favor de um entendimento entre os partidos está na linha do que foi acertado com FHC. Já o apoio formal dos tucanos a ACM seria considerado rompimento de palavra.

Dever de ofício
No cartão de Natal que enviou aos amigos, Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos) aposta na reforma constitucional. Só faltou dizer que, sem a reeleição de FHC, não haverá futuro melhor.

O passado condena
Razão da reticência de Michel Temer (SP) em votar a reeleição antes da eleição da Câmara: o PFL já rompeu dois acordos com o PMDB. Na própria eleição para a Mesa e na escolha do relator do projeto de lei geral das teles.

Buraco negro
Na primeira avaliação geral do Planalto sobre o fim de ano legislativo constatou-se o óbvio: a emenda da reeleição paralisou inteiramente a tramitação das reformas constitucionais.

Reformas depois
O Planalto acredita que a emenda da reeleição impede a votação em janeiro das reformas administrativa e previdenciária. Só tramitam em fevereiro, se a reeleição for aprovada.

Agenda tucana
O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal, acredita que, com muito esforço, será possível votar a lei de regulamentação do petróleo na convocação extraordinária. E começar a discutir a lei de telecomunicações.

Não custa tentar
Na discussão do novo ITR, os ruralistas pediram isenção de Imposto de Renda na venda de terras. Everardo Maciel (Receita Federal) não aguentou: "Vocês têm coragem de pedir isso?".

Sem folga
Apesar das novas regras para dissídio coletivo estabelecidas pelo Plano Real, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) continuou trabalhando a todo vapor. Em 96, foram julgados 57 mil processos, em 390 sessões.

Leite derramado
Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos) promete descobrir quem foi o autor da lista do PPB.

Fumaça na linha
Deputados e advogados especializados em licitação estão preocupados com o artigo 51 do projeto de lei das teles. Ele exige que apenas as obras e serviços de engenharia civil se submetam à Lei de Licitações (8.666).

Só para comparar
Enquanto a Lei de Licitações especifica como deve ser feita a concorrência, no projeto das teles é a ABT (Agência Brasileira de Telecomunicações) que define as regras do processo. Facilitando o direcionamento.

Primeira oposição
Alberto Goldman (PMDB-SP), que disputa a relatoria da lei das teles, acha que as regras de licitações devem ser flexibilizadas. Mas considera que "a liberdade não pode ser tão ampla quanto a que prevê o projeto".

Velocidade segura
O Ministério das Comunicações argumenta que o projeto de lei das teles agiliza os processos de licitação, que seriam morosos devido à legislação vigente. Mas cria novos mecanismos para evitar irregularidades.

Estilo Maluf
Celso Pitta marcou a primeira reunião de seu secretariado para o dia 24, véspera de Natal, às 8h.

Aos leões
Os pepebistas já têm uma desculpa para tentar preservar o partido no caso do esquema de concessões de rádio que envolve João Iensen. Vão dizer ele é "cristão-novo": veio do PTB e está na legenda há pouco tempo.

Pano para manga
Aldo Rebello (PC do B-SP) pediu explicações ao Ministério da Saúde sobre o caso da distribuição de fígados para transplante.

TIROTEIO
Do deputado Ivan Valente (PT-SP), sobre FHC dizer que mente quem diz que o Real foi feito para ajudar banqueiro:
- O desafio de FHC é sair do nhenhenhém e mandar sua base no Congresso parar de bloquear a CPI dos bancos para provar que é ele que não mente.

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