São Paulo, sábado, 21 de dezembro de 1996
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Leia a cronologia do caso da lista do BB

28 de novembro: o advogado do PPB Ronald Bicca recebe duas páginas com informações bancárias de nove deputados, cinco deles em débito com o Banco do Brasil. A lista é repassada ao ex-deputado Vasco Furlan, que se encarrega de entregá-la à noite ao prefeito de São Paulo, Paulo Maluf.
3 de dezembro: a lista chega às mãos do presidente do PPB, senador Esperidião Amin (SC).
4 de dezembro: convenção do PPB recomenda apoio à reeleição só para os futuros governantes. Maluf chora e acusa o governo de tentar comprar votos.
8 de dezembro: a existência da lista chega aos jornais. O governo nega.
9 de dezembro: Waldemar Júnior, coordenador-chefe da assessoria parlamentar do Banco do Brasil, vai ao Palácio do Planalto preocupado com o vazamento. Em conversa com assessores do palácio, diz que o banco mantém um cadastro com informações bancárias de políticos.
10 de dezembro: o presidente do Banco do Brasil, Paulo César Ximenes, instala uma auditoria para apurar responsabilidades. Uma cópia da lista é divulgada no Congresso e aponta para dois suspeitos: Waldemar Júnior e o secretário-executivo de Ximenes, Manoel Pinto.
11 de dezembro: o ministro Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos) diz, em nome do presidente Fernando Henrique Cardoso, que os responsáveis serão punidos. Ele declara ter "a consciência tranquila".
12 de dezembro: o ex-deputado Vasco Furlan -apontado como testemunha-chave- diz que a lista saiu do banco e foi deixada na biblioteca da Câmara.
13 de dezembro: Paulo César Ximenes diz que a auditoria do Banco do Brasil estará concluída antes do Natal. O secretário-geral da Presidência, Eduardo Jorge Caldas Pereira, nega envolvimento no caso da lista.
15 de dezembro: FHC diz ser "impossível" que seus ministros estejam envolvidos na quebra do sigilo bancário dos pepebistas.
16 de dezembro: o Banco do Brasil anuncia, em nota oficial, o afastamento de Manoel Pinto e Waldemar Júnior. Eles foram convidados a sair até a conclusão das investigações.
17 de dezembro: o governo anuncia que acionou a Polícia Federal para investigar a autenticidade da lista. Para assessores de FHC, a relação pode ter sido uma montagem feita a partir de dados retirados dos computadores do BB. A idéia é culpar o próprio PPB pela "montagem" da lista.
19 de dezembro - Oito dos nove deputados citados na lista decidem pedir na Justiça uma indenização de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões, cada um, em ação de perdas e danos contra o Banco do Brasil. Alegam quebra do sigilo bancário.
20 de dezembro - A auditoria do BB isenta, por falta de "provas concretas", os funcionários do banco e qualquer outro membro do governo de envolvimento na realização e distribuição da lista.

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