São Paulo, sábado, 21 de dezembro de 1996
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CSN investirá R$ 1,3 bi até o ano 2000 em nova fábrica

DA SUCURSAL DO RIO

A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) pretende investir, até o ano 2000, R$ 1,3 bilhão em sua fábrica em Volta Redonda, no Vale do Paraíba, a 134 km do Rio.
"Queremos dominar o mercado latino-americano de produtos de aços revestidos", explica o superintendente-geral de relações com o mercado da empresa, José Marcos Treiger.
A CSN já é a principal produtora brasileira de aços revestidos (galvanizados e folhas-de-flandres). Esses produtos representam 55% do faturamento e 42% da produção da empresa.
A companhia também pretende iniciar a produção de latinhas de aço para acondicionar cerveja e refrigerantes. O objetivo é conquistar parte do mercado hoje ocupado pelas latas de alumínio.
Para isso, serão construídas duas novas fábricas -uma em Fortaleza e outra no Sudeste, em local ainda indefinido-, que significarão um investimento total superior a US$ 150 milhões.
Além dos recursos aplicados na produção, a CSN vai continuar investindo nas privatizações na área de infra-estrutura -especificamente, nas ferrovias que ligam Volta Redonda aos portos do Rio, Sepetiba e Angra dos Reis.
A empresa planeja ainda arrendar áreas desses portos. Em Sepetiba, a meta é baixar em 35% os custos de desembarque do carvão usado na usina. No Rio e em Angra, a redução dos custos de embarque das exportações pode chegar a 50%, avalia Treiger.
"A privatização nos permitirá reduzir gastos de US$ 50 milhões a US$ 80 milhões por ano em logística", diz ele.
Quase três anos depois de ser privatizada, em abril de 1993, a CSN apresenta, hoje, resultados superiores aos de 1992, último ano de gestão estatal da empresa.
Naquele ano, o faturamento bruto da CSN atingiu US$ 1,7 bilhão, com lucro líquido de US$ 125 milhões. Somente nos nove primeiros meses de 96, o faturamento chegou a US$ 1,9 bilhão, com lucro líquido de US$ 130 milhões.
A produção deverá superar a de 92, chegando a 4,6 milhões de toneladas, contra 4,4 milhões naquele ano. A redução do número de empregados em 27,4% nesses quatro anos (de 17,9 mil para 13 mil trabalhadores) foi acompanhada de um aumento de produtividade da ordem de 26,7% (de 295 toneladas por homem/ano para 374 toneladas).
Segundo Treiger, a empresa deverá, até o ano 2000, baixar de 30% para 20% o percentual das exportações, aumentando a ênfase no mercado doméstico.

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