São Paulo, sábado, 21 de dezembro de 1996
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Ações elétricas já subiram quase 100%

DA REPORTAGEM LOCAL; DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O preço médio das ações das empresas do setor elétrico subiu ontem 1,55% na Bovespa. No mês a alta é de 3,95%.
Segundo a consultoria Economática, as empresas do setor acumulam alta de 99% no ano.
O mercado continua apostando na alta das elétricas, que também devem ser privatizadas.
Ontem foi a vez das ações da Cesp. A Cesp ON fechou com alta de 2,14%, representando 7% do volume dos negócios -o segundo papel mais negociado.
A elétrica mineira Cemig ON subiu 2,04% com relação ao dia anterior, sendo o quinto papel mais negociado.
O dia na Bolsa de Valores de São Paulo foi calmo, com baixo volume de negócios -R$ 356,8 milhões. No final do dia, o Ibovespa, índice que mede a variação dos principais papéis, fechou com alta de 0,73%, já em ritmo de feriado.
No mercado cambial, o dia foi mais agitado, com boatos servindo para tumultuar os negócios.
Um desses boatos dava conta que o déficit comercial (quando as importações do país superam as exportações) de dezembro pode superar o US$ 1 bilhão.
No entanto, as cotações recuaram no final dia, voltando ao mesmo nível do dia anterior.
Nova York
A Bolsa de Nova York voltou a operar ontem em alta. No início dos negócios, o mercado chegou a registrar uma alta expressiva, com o Dow Jones, índice que acompanha as principais ações do mercado, chegando a subir 75 pontos, depois de ganhar na quinta-feira 127 pontos (fechando a 6.473,64).
A alta volatilidade de Wall Street se deve também ao vencimento no mercado de opções, marcado para ontem, e ao "efeito Greenspan".
Os investidores receberam bem a notícia divulgada pelo governo norte-americano, segundo a qual o PIB norte-americano cresceu a uma taxa anual de 2,1% no período julho a setembro.
O índice mostra que a economia está crescendo a um ritmo bem mais inferior ao do final do primeiro semestre, quando a taxa de crescimento anualizada do PIB estava em 4,7%.
Isso significa que a economia norte-americana se desaqueceu naturalmente, sem que o banco central dos EUA precisasse aumentar as taxas de juros.

Com agências internacionais

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