São Paulo, sábado, 21 de dezembro de 1996
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Final de semana é decisivo para o setor

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

A proximidade do Natal já conseguiu esfriar o ritmo de economia. Festas, feriados e férias são as maiores preocupações do brasileiro atualmente.
Um setor, no entanto, ainda está apreensivo e aposta todas as suas fichas nos próximos cinco dias. São os supermercadistas.
As coisas não andaram exatamente como o programado para o setor neste início de dezembro. O consumidor esteve retraído, e as vendas ficaram abaixo das expectativas. Faltam poucos dias para o final do ano e os estoques de algumas redes ainda estão acima do esperado.
Mas ainda há tempo para reverter a situação. É o que espera Davi Araújo Neto, diretor comercial do Sé Supermercados. "As lojas já estão com maior movimento hoje (ontem), o que promete um bom fim-de-semana", disse Neto.
A rede Sé se preparou para vender pelo menos 10% mais neste mês do que em dezembro de 1995. "Ainda dá para atingir a meta", diz o diretor comercial, que aposta nas vendas de produtos específicos de Natal -panetones, peru etc.- a partir deste final de semana.
Já as vendas de outros produtos específicos de Natal, os não-alimentícios, como árvores de Natal e enfeites, foram boas no início do mês. "Tudo o que importamos, vendemos", diz Neto.
Preços reagem
As vendas estão fracas, mas os preços já começaram a reagir. Pesquisa do Datafolha realizada em 18 supermercados e 18 hipermercados da cidade de São Paulo mostrou elevação dos preços médios nesta semana.
Segundo os pesquisadores do Datafolha, a alta de preços ocorreu devido ao fim de muitas promoções que as redes vinham fazendo nas últimas semanas.
Os supermercados reajustaram, em média, em 0,62% os preços nesta semana em relação à anterior. Já nos hipermercados a alta foi de 1,10%.
Os maiores aumentos na semana ficaram para alimentos enlatados e produtos de higiene. O feijão, com o aumento da oferta, continua em queda para os paulistanos.
Apesar do aumento médio dos preços nos supermercados, o custo dos alimentos está praticamente estável.
Nesta semana, outra pesquisa feita pelo Datafolha mostrou que os alimentos básicos ficaram 0,06% mais baratos para os paulistanos. Na semana anterior a queda havia sido de 1%.

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