São Paulo, sábado, 21 de dezembro de 1996
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Mediador visitava guerrilheiros

CLAUDINÊ GONÇALVES
ESPECIAL PARA A FOLHA, DE BERNA (SUÍÇA)

Michel Minnig, nomeado mediador no sequestro em Lima, é um experiente funcionário do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICR, sigla em francês), integrado somente por suíços.
Minnig, 44, está na Cruz Vermelha desde 1986 e já trabalhou em países africanos, na Nicarágua, na ex-Iugoslávia e no Azerbaijão. Há sete meses, dirige o escritório do CICR em Lima, aberto em 1984 e onde trabalham 12 pessoas.
No Peru, o CICR visitou ultimamente cerca de 4.000 presos, entre eles muitos membros do movimento Tupac Amaru, autor do sequestro. Essa é certamente a razão de Minnig ter sido aceito como mediador pelas duas partes.
Natural do cantão do Valais, no sul da Suíça, Minnig estudou ciências políticas e também cursou a Escola de Altos Estudos Internacionais, em Genebra.
Ele já vinha servindo de mediador desde o primeiro dia do sequestro e atuou na libertação dos primeiros reféns.
Anteontem, Minnig entregou às autoridades peruanas um primeiro documento do MRTA.
Em Genebra, o CICR afirmou que, em troca da mediação de Minnig, "as duas partes se comprometeram a não recorrer à força para solucionar a crise e a respeitar os delegados do CICR".
Em contrapartida, o comitê não assume nenhuma responsabilidade quanto às propostas formuladas nem dá garantias sobre o cumprimento do que for negociado.

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