São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 1996
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Entrega de celular é imediata

EDMILSON ZANETTI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM UBERLÂNDIA

No último dia 5, Alexia Cunha Soares, 32, gerente de um consórcio, entrou em uma loja de Uberlândia (MG) para comprar um celular e, dez minutos depois, saiu falando no telefone. Só vai pagar a primeira das três prestações de R$ 50,74, em fevereiro.
Essas facilidades, criadas pela Companhia de Telecomunicações do Brasil Central, fazem parte de investida da única operadora privada do país, que se prepara para enfrentar a concorrência.
A CTBC foi a primeira a operar celular no Estado de São Paulo. A empresa atua em 306 cidades de Minas, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul.
A empresa -do grupo ABC Algar- vai fechar 1996 com lucro líquido de R$ 25 milhões e programa investimentos de R$ 156 milhões para o próximo ano, em projetos de expansão e modernização.
Problemas
Pelo menos um quinto dos investimentos previstos para o próximo ano é para tentar melhorar a vida do usuário.
A última pesquisa feita pela empresa privada Power, com 790 usuários, indicou que a taxa de congestionamento de linhas da CTBC é de 7,29%. A Telebrás considera aceitável 3%.
O levantamento indica que 28% reprovam o serviço de informações 102. De um telefone público, a Agência Folha discou o número sete vezes entre 17h e 17h20 em um único dia.
Em seis vezes, deu sinal de ocupado. Na sétima, depois de acionar o serviço de espera, a telefonista demorou 2 minutos e 10 segundos para atender a chamada.
Três usuários consultados pela Agência Folha dizem preferir a CTBC a serviços prestados por operadoras de outros Estados.
O empresário do setor gráfico Américo Zardo, 38, é um deles. Tem escritório em Ribeirão Preto e São Paulo e diz vender 90% de seus produtos por telefone.
"Nem se compara com outras empresas", afirma.

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