São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 1996 |
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China atrai múltis e impõe restrições
JAIME SPITZCOVSKY
A China planeja atingir a cifra de 8 linhas telefônicas por 100 habitantes no ano 2000 (contra 3,2 linhas em 1994). Dos US$ 55 bilhões necessários, US$ 7 bilhões virão em empréstimos do exterior. Os parceiros estrangeiros, no entanto, não podem administrar ou operar sistemas de telecomunicações. O Partido Comunista, na sua mistura de capitalismo e intervenção estatal, atrai investimento e tecnologia e reserva às empresas estrangeiras basicamente a fabricação de equipamentos. As restrições impostas pelo governo não deixam de tornar o mercado um dos mais atraentes do planeta. O país registra desde 1978, quando iniciou as reformas, taxas anuais de crescimento econômico na faixa dos 10%. Em 1978, a China tinha 4,06 milhões de linhas telefônicas. Em 1995, são 69,34 milhões e o objetivo para a virada do século é chegar a 114 milhões. O país planeja contar com 400 milhões de linhas telefônicas em 2010. O telefone celular representa outro importante indicador da expansão das telecomunicações e já se tornou um símbolo de status. Segundo o Ministério dos Correios e Telecomunicações, a China tinha 1,57 milhão de usuários de telefones celulares em 1994, um salto de 145% em comparação com o ano anterior. As estatísticas do ministério mostram que, no início de 1996, o número de usuários de celulares subiu para 5,89 milhões, um crescimento de 62% frente ao começo do ano passado. Essa expansão atrai as grandes multinacionais. A Motorola calculava no ano passado que seus investimentos na China até o final do século devem atingir US$ 1 bilhão. Texto Anterior: Estatais na Europa terão concorrência Próximo Texto: Privatização vai acabar com cargo disputado por políticos Índice |
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