São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 1996 |
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Guarujá se 'maquia' para segurar turistas
FAUSTO SIQUEIRA
Comerciantes e empresários dos setores turístico e imobiliário temem que problemas como violência, lixo, esgotos e favelização espantem os veranistas. O turismo é a principal atividade econômica da cidade e os turistas nesta época triplicam a população de 250 mil habitantes. O prefeito eleito, Maurici Mariano (PTB), pretende colocar em prática uma série de medidas, já em janeiro, nas áreas de segurança, limpeza, fiscalização e recuperação de vias públicas. "A idéia é disciplinar a cidade", afirma Mariano. A segurança é considerada o maior problema. Guarujá é apontada por relatório da Assembléia Legislativa como a 10ª do Estado em homicídios no primeiro semestre deste ano. Falta policiamento. O índice recomendado pela ONU é de 1 policial para cada 250 pessoas O Guarujá tem 1 para cada 725. O Estado, 1 para cada 460. Por isso, 180 homens -na maioria, ex-recrutas recém-licenciados do Exército- estão sendo treinados para compor a Guarda Emergencial do Município. A guarda terá vida curta: acaba em março, no fim da temporada. O custo estimado da guarda é de R$ 219 mil por mês. Eles usarão rádio, motos e bicicletas, mas não terão poder de polícia. Também devem ser implantados postos policiais na orla. Dois deles estão concluídos na praia da Enseada e há outros quatro em construção em Pernambuco, Enseada, Astúrias e Pitangueiras. Depois da temporada, começa a construção de outros 12 nos demais bairros. O recapeamento de ruas será emergencial. Será acionada uma operação tapa-buracos. O principal acesso à cidade, a partir da rodovia Piaçaguera-Guarujá, e a avenida D. Pedro, terão prioridade no recapeamento. A limpeza das praias terá como novidade vassouras mecânicas importadas (leia texto abaixo). Na área de fiscalização, a idéia é criar o "cargo" de fiscal voluntário, que se cadastrará junto às entidades de bairro e receberá um registro da prefeitura para supervisionar irregularidades. Um plantão 24 horas na prefeitura terá a incumbência de receber as denúncias dos fiscais voluntários e dar encaminhamento às soluções. Segundo o prefeito eleito Maurici Mariano, a fiscalização terá como alvo principalmente o comércio ambulante irregular e o dano ao patrimônio público. Texto Anterior: Arquiteto analisa decoração natalina de São Paulo Próximo Texto: Reurbanização deve custar R$ 250 milhões Índice |
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