São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 1996 |
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País terá fábrica de autopeças portuguesa Jair Rattner JAIR RATTNER
Atrás das novas montadoras de automóveis, estão chegando as fábricas de autopeças. Depois de três anos exportando para o Brasil, a partir de março começa a produzir em Taubaté a Tavol, filial de uma fábrica portuguesa de barras de proteção de portas, suportes de direção, tanques de combustíveis e apoios de suspensão. "A partir do Brasil vamos exportar para toda a América Latina", conta Paulo Almeida, diretor financeiro da Tavol portuguesa. Com o início da produção em Taubaté, a fábrica portuguesa vai passar para a brasileira os contratos que já tem no Brasil, no México e na Argentina. No Brasil, a Tavol tem como cliente principal a General Motors. "Também estamos trabalhando no novo carro da empresa para a América Latina, semelhante ao Corsa europeu", afirma Almeida. A escolha do Brasil foi o resultado de a empresa ter dois engenheiros e dois técnicos brasileiros que já conheciam o mercado e a cultura da empresa. "Na indústria automobilística, existem atualmente dois pólos importantes de crescimento no mundo, o extremo oriente e a América Latina", diz o diretor financeiro. Segundo Almeida, a Tavol ajudou a influenciar a opção da GM para construir duas fábricas no Brasil e não na Argentina. "Antes de ir para o Brasil, negociamos com os fabricantes de veículos e empurramos um pouco a GM para ir para o Brasil." Considerada o melhor fornecedor da General Motors em todo o mundo em 93, a Tavol também tem como objetivo produzir para a Volkswagen, a Audi e a Ford. A nova fábrica terá um investimento de US$ 8 milhões, dos quais US$ 2 milhões foram recebidos como subsídios estaduais e municipais. Apenas no primeiro ano, está previsto um faturamento de US$ 10 milhões. Segundo Almeida, o investimento poderá ser recuperado em quatro anos. "Todo o retorno será reinvestido no Brasil. É possível que venhamos a nos aliar a fabricantes de outros produtos para oferecer soluções integradas." A unidade, porém, vai gerar um número reduzido de postos de trabalho. Toda a produção é feita com prensas de comando numérico e soldagem robotizada. Texto Anterior: Universidade apóia no Paraná Próximo Texto: CDB leva a pior com 'imposto do cheque' Índice |
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