São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 1996
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Draskovic divide as opiniões

Draskovic divide as opiniões
da enviada especial
Vuk

LÚCIA MARTINS
DA ENVIADA ESPECIAL

Vuk Draskovic divide as opiniões. De um lado os estudantes que, apesar de lutar pela mesma causa (a confirmação da vitória da oposição nas eleições locais), afirmam que não querem ser identificados como aliados de Draskovic.
Dizem que o líder da Zajedno é truculento e autoritário e fazem suas manifestações em horários e locais diferentes da oposição.
"Ele não é muito diferente de Milosevic", diz a estudante de arqueologia e uma das líderes do movimento, Marija Diklic, 19.
É o caso do sociólogo Boris Radovic, 37. Ele não é ligado ao partido de Draskovic (o Movimento de Renovação da Sérvia), mas admira o "caráter, a seriedade e a coragem do líder da Zajedno".
"Draskovic realmente acha que tem de se sacrificar pelo país", diz Radovic, que é pesquisador-assistente do Instituto de Sociologia de Belgrado, organização não-governamental que pesquisa casos de violações dos direitos humanos.
Radovic afirma que sua "simpatia" pelo líder da oposição começou muito antes da guerra. "Ele foi o primeiro a criticar o comunismo abertamente."
Para Radovic, a grande qualidade de Draskovic hoje é lutar pacificamente. "Ele sempre condenou a guerra. Para mim, que perdi meus melhores amigos e minha mãe na guerra, isso é o que interessa hoje", disse.
(LM)

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