São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 1996 |
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Violação de mandamentos divinos vira rotina em programas da TV
ELAINE GUERINI
Com exceção da Rede Vida (em UHF), com enfoque cristão, os demais canais comerciais usam sempre que possível as "proibições divinas" para levantar os seus índices de audiência. "O quadro 'A Vida Como Ela É' é um exemplo de deformação. O adultério é mostrado como uma coisa bonita e quem assiste se sente atraído pela idéia", afirma Adilson Carvalhal, 55, coordenador da Renovação Carismática Católica de São Paulo. A TFP (Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade) tenta combater os programas considerados impróprios com a campanha O Amanhã dos Nossos Filhos. Um de seus feitos foi convencer a empresa Souza Cruz a retirar o seu patrocínio do filme "A Última Tentação de Cristo". "Fazemos apelos às autoridades e às emissoras no sentido de que sejam vetados os programas que avivam a sensualidade e incitam o adultério, a homossexualidade, a prostituição e a violência", conta o professor Paulo Corrêa de Brito Filho, um dos responsáveis pela campanha. As emissoras defendem a "violação" dos mandamentos alegando que o "público gosta". "Não dá para fazer uma novela sem cena de sexo", diz Rubens Furtado, 64, diretor-geral da Bandeirantes. Texto Anterior: Clipes e vacas preenchem o tempo Próximo Texto: Pecados capitais são 'carne-de-vaca' Índice |
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