São Paulo, segunda-feira, 23 de dezembro de 1996
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Monumentos passarão por reforma

BETINA BERNARDES
DE PARIS

A cidade de Paris, que abriga, lado a lado, monumentos do século 12 e obras dos mais ousados arquitetos do século 20, vai fechar ao público, a partir do segundo semestre do ano que vem, uma de suas principais atrações: o centro Georges Pompidou.
O Beaubourg, como é conhecido o centro, sofre da "doença" que vitima os novos monumentos da cidade. Como ele, o Opéra Bastille, o Grande Arche de La Défense e a Cité de la Musique, todos erguidos recentemente, precisam passar por reformas.
O Opéra Bastille, inaugurado em 89, custou 2,8 bilhões de francos (US$ 560 milhões). O edifício apresenta problemas na fachada, com descolagem de placas.
A fachada também é o ponto fraco do Grande Arche de La Défense, que custou 2,6 bilhões de francos (US$ 520 milhões).
Ela está se despedaçando a 112 metros de altura, no cume da parede sul do arco, e redes de segurança foram colocadas no local.
A Cité de la Musique começou a apresentar em 91, um ano após a abertura, infiltrações de água, recorrentes até hoje.
Ano 2000
As ferrugens detectadas em sua estrutura metálica contribuíram menos para a decisão de realização das obras do que a necessidade de atender a um público muito maior que o projetado na construção.
Em 77, as estimativas mais otimistas davam conta de que o centro receberia, no máximo, 5.000 pessoas por dia. Desde sua criação, o Beaubourg já foi visitado por cerca de 150 milhões de pessoas, o que dá mais de 20 mil por dia.
O espaço se mostrou insuficiente para tamanho sucesso. Assim, a área de exposições do quinto andará será aumentada em 1.000 m2. Será construída ali uma galeria para fotografia.
Novos espaços
As coleções permanentes do museu passarão a se estender pelo terceiro e quarto andares, ganhando uma área de 4.000 m2.
As coleções históricas ficarão no quarto andar e as de artes contemporâneas, no terceiro, com um espaço de 1.000 m2 para as coleções de arquitetura e de design.
As reformas também permitirão adaptar o edifício às mudanças nas normas de segurança efetuadas no país nos últimos 20 anos.
O custo das obras é estimado em 600 milhões de francos (US$ 120 milhões). Elas começarão em 1º de outubro de 97.
Durante os trabalhos, o terraço, com vista panorâmica da cidade, ficará aberto ao público, assim como um espaço permanente de exposição de 1.500 m2. O resto do centro ficará fechado até 31 de dezembro de 99. A reabertura está marcada para a 0h do dia 1º de janeiro do ano 2000.

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