São Paulo, terça-feira, 24 de dezembro de 1996
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Controle de enchente só acontece em 2000

Secretário de Obras dá nota zero a Covas

VICTOR AGOSTINHO
DA REPORTAGEM LOCAL

As enchentes de verão em São Paulo só estarão sob controle no final da gestão Celso Pitta, em 2000, segundo promessa do secretário municipal de Obras e de Vias Públicas, Reynaldo de Barros.
Barros deu "nota zero" à política do governador Mário Covas para evitar enchentes. "Eles até que são bem-intencionados, mas não fazem nada", afirmou.
"Não adianta nada a prefeitura construir piscinões para reter a água, se quando chega no Tietê ela não consegue entrar."
Para o secretário, o Tietê teria que permitir uma vazão de 700 m3 por segundo e hoje está com 60 m3 por segundo. Bem-humorado, Barros brincou: "Eles falam que não têm dinheiro. Tem que ter. Não adianta me cantar para ir para lá, que eu não vou".
O secretário estadual dos Recursos Hídricos, Hugo Marques da Rosa, não quis comentar a nota dada por Barros, mas afirmou que o Estado acredita que as enchentes só serão contornadas com desassoreamento do rio, o rebaixamento da calha e a contenção das águas de chuva dos afluentes.
Sobre o desassoreamento, ontem 12 empresas apresentaram propostas ao governo para assumir a obra, que deve ter contrato assinado em janeiro de 97.
Segundo Rosa, o rebaixamento da calha em 2,5 metros é um investimento de R$ 700 milhões que depende de um financiamento japonês, a ser firmado no primeiro semestre de 97.
Já a contenção dos afluentes, de acordo com Rosa, é uma solução que deve ser dada pela prefeitura com a construção dos piscinões.
(VA)

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