São Paulo, terça-feira, 24 de dezembro de 1996 |
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Bancada segura verba de obra, mas garante remanejamento
RICARDO FELTRIN
Essa foi a única vitória de Pitta na batalha travada contra 17 vereadores do PPB -uma briga política que durou cerca de 20 dias. Terminada a rebelião da bancada do PPB, os vereadores garantiram a Pitta a manobra de 10% do Orçamento de 97, mas incluíram ainda um dispositivo que permitirá ao futuro prefeito remanejar 20% de toda a verba que vier sob a rubrica "investimentos". Na prática, segundo especialistas em contabilidade, isso significa que a percentagem real de remanejamento de verbas será entre 17% e 18% -dois a três pontos percentuais a mais do que Maluf teve direito a remanejar este ano (15%). Os vereadores decidiram dar apenas R$ 50 milhões dos R$ 300 previstos para o projeto fura-fila. No entanto, todos os "rebeldes" entrevistados pela Folha declararam que, se o projeto se mostrar viável, não hesitarão em aprovar pedidos de suplementação orçamentária durante o ano. O PAS (Plano de Atendimento à Saúde) acabou com seu orçamento encolhido de R$ 840 milhões para R$ 500 milhões. Com exceção do percentual de remanejamento, os "ex-rebeldes" mantiveram a maior parte do que aprovaram em primeira votação. A segunda e última vai acontecer na quinta-feira. A CPI dos Túneis construídos na gestão Maluf, aprovada duas semanas atrás com o aval do PPB, deve ser extinta dentro de oito dias. O regimento da Casa prevê a extinção de comissões provisórias -CPIs aí incluídas, segundo Brasil Vita (PP), atual presidente- ao final de cada legislatura. O PT tem outra opinião e ameaça entrar na Justiça com um mandado de segurança para garantir os trabalhos da comissão em 97. Presidência Entre o dia 26 e 30, os vereadores vão escolher a nova mesa diretora. A disputa pela presidência está ocorrendo em almoços e jantares reservados de parlamentares. Nello Rodolpho (PPB) e Brasil Vita disputam a vaga. (RF) Texto Anterior: Projeto quer tirar veículos do centro Próximo Texto: A crise do PPB Índice |
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