São Paulo, terça-feira, 24 de dezembro de 1996 |
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Bancos terão expediente mais curto hoje
GABRIEL J. DE CARVALHO
Já na véspera do Ano Novo, dia 31 de dezembro, não haverá expediente para o público, embora seja considerado dia útil para efeito de operações financeiras (over, câmbio etc.). Quem tiver contas a pagar antes da virada do mês, como o carnê-leão (Imposto de Renda de autônomos) de novembro, deverá ir ao banco até o dia 30, segunda-feira. A reabertura para o público será no dia 2 de janeiro, quinta-feira. Aplicações Investidor que estiver interessado em comprar CDB (Certificado de Depósito Bancário) prefixado hoje precisa estar ciente de que o título de 30 dias terá vencimento no dia 23 de janeiro, quando a CPMF já deverá estar em vigor. Como, a cada renovação mensal, os CDBs precisarão transitar pela conta corrente, o desconto de 0,20% do novo "imposto do cheque" terá forte impacto negativo sobre a rentabilidade dessa aplicação financeira. Uma taxa de juros bruta de 1,60%, por exemplo, poderá se transformar, na prática, em apenas 1,16%, considerando também o Imposto de Renda de 15% sobre o rendimento. O mercado espera uma fuga de aplicadores em CDBs para outros investimentos, principalmente fundos e poupança, que não precisam ser renovados a cada 30, 60 ou 90 dias, conforme a aplicação. Há inclusive o temor de que uma redução drástica do estoque de CDBs influencie negativamente a formação da base de cálculo da TR, que remunera a poupança. O impacto vai depender de quanto os administradores de fundos continuarão comprando de CDBs. Sobre as contas correntes dos próprios FIFs a alíquota da CPMF é zero. Uma alternativa para quem é adepto do CDB é fazer uma aplicação de prazo mais longo, de até 13 meses -prazo de vigência da CPMF-, com repactuação dos juros a cada mês ou 60 dias. Ou comprar letras hipotecárias, que pagam TR mais juros e são isentas de Imposto de Renda. Nesses casos, se o vencimento cair ainda na vigência da CPMF, apesar de mais longo, o investidor terá de barganhar com a instituição financeira um juro que compense o 0,20% da CPMF. No mercado financeiro, atualmente mais concorrido do que na época do IPMF, há a expectativa de que surjam, a partir de janeiro, aplicações que compensem, na entrada, o 0,20% da contribuição para a saúde. Na saída, haverá compensação na poupança trimestral. Texto Anterior: BB dá lucro de R$ 26 mi e sobe na Bolsa Próximo Texto: Como será a CPMF Índice |
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