São Paulo, quarta-feira, 25 de dezembro de 1996 |
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Quarto-de-milha vende 1.748 animais
DA REPORTAGEM LOCAL Poucas raças equinas conseguiram atravessar o ano de 96 mantendo a pulsação do mercado.Uma delas foi a quarto-de-milha. Os 37 principais leilões (mais de três ao mês) apresentaram média de R$ 1.500, computados os negócios nas vendas de elite e de média qualidade. Ovídio Vieira, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Quarto-de-Milha, de São Paulo, acredita que foram poucas as raças que mostraram performance semelhante. "As provas com quarto-de-milha explodiram no país. Sul, Sudeste e até o Nordeste aumentaram o número de provas de trabalho e a demanda pela raça subiu bastante", afirma. Segundo Vieira, a liquidez foi uma das melhores dos últimos anos, apesar da crise financeira que abalou a economia nacional. "Realizamos vários leilões oficiais e em cada um deles conseguimos vender perto de 200 cavalos, o que demonstra que os criadores da raça não podem reclamar do mercado este ano", diz. Baseado na firmeza das vendas em 96, Vieira está otimista para o próximo ano. "É grande o crescimento no número de novos proprietários. Eles são a base da pirâmide e darão sustentação ao desenvolvimento mais rápido do quarto-de-milha no Brasil", afirma. O quarto-de-milha é uma raça originária dos Estados Unidos, país que concentra o maior plantel de animais e o maior número de criadores da raça. Shalakô no topo O leilão mais rentável deste ano foi o Estância Shalakô e Santo Ângelo, que faturou R$ 1,2 milhão. Esse pregão tem à frente o criador Fernando Muniz de Souza. O animal mais caro da temporada, no entanto, foi vendido no leilão Saempa. O garanhão MBJ Mr. Array, importado dos EUA, saiu por R$ 156 mil para os haras Refúgio, São Matheus e Atalla. O segundo animal mais caro foi Good Signature, que obteve cotação de R$ 66 mil no leilão Shalakô. Foi arrematado pelo stud BDU. Em termos de movimento financeiro, a segunda colocação ficou com o remate Saempa (R$ 589,4 mil), e a terceira colocação com o leilão Rancho das Américas (R$ 585,2 mil). A cobertura do garanhão Tolltac, um cavalo de velocidade, emplacou R$ 6.600 durante o leilão Rancho das Américas e foi a mais cara da temporada. O ventre mais caro, da égua For Tears Only, prenha de Holland Ease, alcançou R$ 33,6 mil e foi o mais valorizado. Texto Anterior: Verão favorece a infestação do minador dos citros no pomar Próximo Texto: Preço do litro cobriu com folga os custos de produção este ano Índice |
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