São Paulo, quarta-feira, 25 de dezembro de 1996
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Veículo perde em potência

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

Entre os ônibus a gás que já circulam em São Paulo, 73 pertencem a uma empresa particular, a Viação Jaraguá, com 688 carros em linhas da zona norte.
"A potência do novo motor é um problema sério", diz Gildo Guarda Neto, diretor de manutenção. "O arranque é mais lento e as ladeiras mais sofridas."
Em compensação, o novo combustível sai mais barato que o diesel.
Um litro de diesel custa hoje, para uma empresa de ônibus, R$ 0,3089. Um metro cúbico de gás custa R$ 0,2435. Um ônibus com motor de 160 cavalos roda em média 2,25 quilômetros com um litro de diesel e 2,15 quilômetros com um metro cúbico de gás.
A diferença para menos no preço do gás compensa a fração de quilômetro que o diesel roda a mais.
Segundo a SPTrans, o combustível corresponde a 6,11% na planilha de custos de uma empresa.
Na coluna das desvantagens, e quem diz é Guarda Neto, a vida útil do motor a gás é hoje ainda menor. Enquanto o motor diesel é aberto e retificado com 250 mil quilômetros, é preciso fazer o mesmo com o motor a gás aos 120 mil.
O presidente da Transurb, Maurício da Cunha, diz por sua vez que, com o atual quadro de aperfeiçoamento técnico, para cada 100 veículos a gás, 15 estão parados para manutenção.
(JBN)

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