São Paulo, quarta-feira, 25 de dezembro de 1996 |
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Ganho por produção é criticado
PAULO MOTA
A afirmação é do presidente do Sindicato dos Sapateiros do Ceará, Valdir Pereira. Pereira diz que o trabalhador não tem nenhuma garantia trabalhista e, para ganhar um salário de R$ 70, trabalha até 12 horas por dia. "Nunca os capitalistas ganharam tanto dinheiro assim." Incentivadas pelo governo cearense, as cooperativas são inspiradas num modelo adotado por empresários de Taiwan em indústrias de confecção de roupas, instaladas em outras cidades do sertão cearense. Conforme o modelo das cooperativa, os operários não têm nenhum vínculo empregatício com as fábricas e recebem de acordo com sua produção individual. Empresa rebate Nilvo Orcelino de Oliveira, gerente da empresa Dilly em Itapipoca (125 km a oeste de Fortaleza), diz que as reclamações de Valdir Pereira são "coisas de sindicalista". Acrescenta que os cerca de 230 operários cooperativados da Dilly "não demonstram sinais de descontentamento". O secretário de Indústria e Comércio do Ceará, Raimundo Viana, diz que responde às críticas de Pereira com uma máxima: "Quem conhece o Ceará sabe que o pior salário é aquele que não existe." (PM) Texto Anterior: Investimentos no CE passam de R$ 100 milhões Próximo Texto: Incentivos atraem 366 indústrias em seis anos Índice |
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