São Paulo, sexta-feira, 27 de dezembro de 1996
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Dissidentes devem recusar a proposta de plebiscito no ABC

Eles decidiriam se querem manter sindicato unificado

FÁBIO ZANINI
DA AGÊNCIA FOLHA, NO ABCD

O grupo de ex-diretores do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC que quer dividir a entidade deverá recusar a proposta da CUT (Central Única dos Trabalhadores) de organizar um plebiscito para decidir a questão.
A idéia de fazer uma votação entre os 25 mil metalúrgicos de Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra foi aprovada pela direção nacional da central no último dia 12 de dezembro e apresentada oficialmente aos separatistas na semana passada.
Pela proposta, esses trabalhadores decidiriam se querem manter o sindicato unificado ou se preferem a criação de uma entidade exclusivamente para sua base.
A votação colocaria fim a uma briga dentro da categoria que se arrasta desde março último.
"Fazer um plebiscito seria inadequado. O assunto é complexo e não pode ser definido em uma simples votação de sim ou não", disse José Tomaz Neto, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e região.
Apesar de ainda não reconhecidos judicialmente, os separatistas já funcionam como entidade independente, graças a uma série de liminares judiciais. Eles ocupam, inclusive, as subsedes do sindicato em Santo André e Mauá.
Tomaz Neto afirmou que não é contrário à unificação em si, mas ao modo como ela foi feita, em 1993. Segundo ele, houve, na verdade, uma anexação da entidade de Santo André e região pela de São Bernardo e Diadema.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, afirmou que aceitará a realização de um plebiscito.

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