São Paulo, sábado, 28 de dezembro de 1996 |
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Curitiba lança 'mercado de artes cênicas'
DANIELA ROCHA
Apesar de ainda estar fechando contrato com a maior parte dos 22 grupos que devem participar, um dos organizadores, Cássio Chamecki, antecipa que o festival está sendo estruturado com o objetivo de ser o maior evento de intercâmbio de artes cênicas no Brasil. "Esse é o caminho para exportar teatro brasileiro", afirmou, já que, segundo ele, o festival atrai representantes de outros festivais do exterior. "Existem muitos agentes que procuram boas peças para levar a seus festivais e Curitiba deve ser uma vitrine para isso." Em 98, Chamecki disse que o festival vai adotar a fórmula de uma mostra canadense, que monta até estandes com seus participantes. "É como uma feira do automóvel, só que com exibição de performances ou cenas das peças para os visitantes, com vídeos dos espetáculos colocados à disposição dos agentes estrangeiros." "Mas não abrimos mão de qualidade", disse o organizador. Anterior à idéia de lançar o "mercado do teatro", o objetivo do festival, segundo Chamecki, é mostrar o que há de mais original, de melhor e mais representativo das produções teatrais brasileiras. Para isso, os organizadores fazem uma pesquisa em vários Estados do Brasil. "Já tivemos grupos da Paraíba que ninguém conhecia no sul, com sucesso estrondoso. Buscamos também mostrar aqui produções não comerciais e as que dificilmente fariam turnê, como foi o caso de 'Othelo', produzido na Bahia e que tinha 40 pessoas no elenco", disse. O festival é orçado em R$ 2 milhões, bancados por patrocinadores, como a Prefeitura de Curitiba e o governo do Estado do Paraná. "A venda de ingressos representa cerca de 10% do orçamento. Mas os ingressos das peças são cobrados também para uma valorização do festival", afirmou. A organização está mobilizando hotéis, restaurantes e agências de turismo de Curitiba para que seja montado um esquema que facilite o acomodamento do público que viaja para ver os espetáculos. "Propusemos que sejam montados pacotes -já incluindo ingressos- a preços promocionais para quem vem de fora", disse. "Queremos mostrar o melhor do teatro e para todo mundo." O colunista Antonio Callado não escreve hoje, excepcionalmente Texto Anterior: Painel antropofágico conta história de Curitiba Próximo Texto: Nilda Spencer dedica CD à obra do poeta Gregório de Mattos Índice |
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