São Paulo, sábado, 28 de dezembro de 1996
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Plebiscito; Getúlio injustiçado; Religião; Boxe; Preocupação desnecessária; Boas festas

Plebiscito
"Absoluto apoio à tese sustentada no editorial de 22/12 referente ao plebiscito. É o caminho da transparência política.
Tomo a liberdade de informar que projeto original regulamentando artigo 14 da Constituição, bem como seis outros da mesma matéria, está hoje superado em face do substitutivo de minha autoria já aprovado por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça, aguardando desde agosto vontade política que queira submetê-lo a votação no plenário da Câmara dos Deputados."
Almino Afonso, deputado federal pelo PSDB-SP (São Paulo, SP)
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"Queremos cumprimentar a Folha pelo editorial 'Plebiscito, a melhor opção'. Estamos certos de que todos os democratas deste imenso país assinarão embaixo um editorial dessa dimensão.
Um plebiscito como o preconizado pela Folha afastará, por certo, um 'remember 1937', quando da instalação do Estado Novo, e quando era apregoada a célebre frase: 'Voto não enche barriga'."
Hugo Gallo Mantellato, coordenador da Associação Campineira de Imprensa Profissional (Campinas, SP)
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"Chega a causar estranheza o moralismo com que a Folha tratou a reeleição no editorial de 22/12, onde propõe submeter o projeto a um plebiscito.
Criam-se falsos dilemas, invocam-se doutrinas abstratas e distantes, desenterra-se o puritanismo, alimentam-se sofismas e escamoteiam-se os problemas reais, cruciais.
Defender plebiscito para a proposta para quê? O simples fato de o povo votar ou não votar nos candidatos à reeleição já os submete, na prática, ao plebiscito ou ao referendo.
Mas, como se uma consulta popular não custasse milhões ao povo, em um país onde a infra-estrutura social e física estão por construir, a Folha, ainda assim, propõe que seja realizada uma consulta inócua e cara."
José Assis Simões Utsch (Curitiba, PR)

Getúlio injustiçado
"Em maio enviei uma correspondência ao sr. Carlos Heitor Cony dizendo que ele cometeu uma das maiores injustiças contra Getúlio Vargas dizendo que ele não fez assentamento algum, pois para a época Getúlio fez muito.
Em 1943, destinou uma área de 300 mil hectares para assentamento de 10 mil famílias. Faziam parte Vila Brasil, hoje Fátima do Sul, e Vila Glória, hoje Glória de Dourados. Posteriormente foram fundadas as cidades de Deodápolis, Douradina e Jateí, passando a ser a região de maior densidade populacional do Mato Grosso do Sul.
No dia 10/12 o sr. Cony diz ter escrito um livro sobre Getúlio Vargas. Coitado do aluno que for usar seu livro para pesquisa. Um escritor e jornalista de sua capacidade não pode cometer gafe dessa natureza."
Antonio Guezzi dos Santos (Presidente Prudente, SP)

Resposta do jornalista Carlos Heitor Cony - Em nenhum momento neguei os assentamentos feitos por Getúlio Vargas. Apenas realcei o fato de que ele não pôde fazer no campo o mesmo que conseguiu fazer junto ao empresariado urbano. Tanto na crônica citada como no meu livro sobre Vargas acredito ter feito justiça e reconhecimento ao grande estadista.

Religião
"Resposta ao sr. Fernando Al-Egypto ('Painel do Leitor', 18/12): não acredito que a união que Cristo pregou, lembrada em sua carta, possa ser alcançada por meio de manifestações como as suas.
O que sua carta desperta é o desgosto de identificar a intolerância e ainda um critério estatístico (?) de adesão à maioria no 'ranking' das religiões, que segundo o sr. também conferiria 'pequenice' ao povo judeu.
Sou judia e, se o sr. for mesmo cristão, acredito que possamos nos entender."
Raquel Wrona Rosenthal (São Paulo, SP)

Boxe
"Não satisfeito em tentar me humilhar com seu texto pouco criativo na sua coluna do dia 8, o sr. Alberto Helena Júnior voltou à carga no dia 18, gastando outra metade de sua coluna no caderno Esporte para me atacar.
Confesso que ainda não entendi seu objetivo. Devo ser muito importante.
Num mundo rico como o esportivo, ele prefere gastar um espaço tão importante para avaliar outros jornalistas (na coluna do dia 18, outro profissional também teve seu trabalho criticado). Sugiro que a Folha transfira a coluna para a Ilustrada.
Não discutirei mais nomes e nomenclaturas do boxe, por enfadonho demais para os leitores.
Sobre as referidas fontes do sr. Helena, dispenso, pois meu consultor é o jornalista brasileiro que mais entende de boxe na atualidade, Wilson Baldini Júnior, ex-colunista da própria Folha e um dos dois brasileiros presentes na recente derrota de Mike Tyson (o outro era César Augusto, da Globo).
Também foi o único a cobrir reunião do Conselho Mundial de Boxe, em Buenos Aires.
Mas as fontes do sr. Helena não têm culpa. Ele é que não parece ser um interlocutor muito atento, tanto que me classifica como 'ótimo âncora do 'Jornal da Manhã' da Jovem Pan', posição que nunca ocupei.
Sou apresentador do 'Show da Manhã' da Jovem Pan; são programas muito diferentes, basta prestar atenção. Quanto a ser meu fã, sr. Helena, lamento não poder dizer o mesmo."
Milton Rodrigues Leite, narrador esportivo do canal por assinatura ESPN-Brasil da TVA (São Paulo, SP)

Resposta do jornalista Alberto Helena Jr. - Sr. Milton: É verdade. Troquei as bolas. É "Show da Manhã", não "Jornal da Manhã". Mas o sr. continua trocando as bolas e os golpes: não trata do essencial e fica caçando fantasmas, onde só há um interesse -elucidar o leitor/telespectador quanto ao uso correto da expressão "gancho", no boxe. Apesar disso, continuo seu fã. Menos, agora, por esquivar-se do tema central e recair na incompreensão.

Preocupação desnecessária
"Não vejo por que tanta preocupação com a privatização da Vale do Rio Doce. Afinal, depois de privatizada e dilapidada, essa empresa voltará mesmo a ser estatal..."
Antonio Aparecido dos Santos (Torrinha, SP)

Boas festas
A Folha agradece e retribui as mensagens de boas festas que recebeu de: Musa Amer Odeh, chefe da Delegação Especial da Palestina no Brasil (Brasília, DF); Peugeot do Brasil Automóveis Ltda. (São Paulo, SP); Subaru (São Paulo, SP); Goodyear do Brasil (São Paulo, SP); Fundação Faculdade de Medicina (São Paulo, SP); Associação dos Magistrados das Justiças Militares Estaduais (AMAJME); Eduardo dos Santos Tavares, da Price Waterhouse (São Paulo, SP); Burson-Marsteller Brasil (São Paulo, SP); Carlos Alberto Nobre Safadi, da Cans Internacional (São Paulo, SP); Alvaro Vaz da Silva, diretor-presidente do Instituto Aerus de Seguridade Social (Rio de Janeiro, RJ); Talento; Sofia Carvalhosa Comunicação (São Paulo, SP); Camp Mangueira (Rio de Janeiro, RJ); Federação das Bandeirantes do Brasil (São Paulo, SP); Centro de Preparação de Café (São Paulo, SP); Marino Moriguchi, da Instituição Religiosa Perfect Liberty (São Paulo, SP); Artur Parada Procida, prefeito da Estância Balneária de Mongaguá (Mongaguá, SP); Patricia C. Ferreira (São Paulo, SP).

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