São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 1996
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Governo incentiva ferrovias e hidrovias

DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro dos Transportes, Alcides Saldanha, defende a multimodalidade como a política de transportes mais adequada para o país. Para ele, o ideal é conservar a malha viária existente e passar a investir nas hidrovias e nas ferrovias de longo percurso.
Saldanha acredita que as ferrovias de longo curso, que estão sendo privatizadas, vão receber os investimentos necessários por parte de seus concessionários, o que alivia uma parte dos encargos do governo federal.
"Isso libera o governo de um prejuízo anual muito grande e vai possibilitar que o governo comece a pensar nas grandes ligações nacionais, como chegar do Nordeste ao centro do país com uma ferrovia de uma bitola só, sem baldeações", afirma o ministro.
Saldanha defende também uma atenção maior às hidrovias, não apenas para criar rios navegáveis, mas para criar uma hidrovia verdadeira.
Aneor
José Alberto Pereira Ribeiro, presidente da Aneor (Associação Nacional de Empresas de Obras Rodoviárias), acha desnecessária a comparação das prioridades e das vantagens dos transportes rodoviário e ferroviário.
"Na verdade, trata-se de meios complementares de transporte, cada qual com seu mercado mais apropriado", afirma.
Segundo o presidente da Aneor, a ferrovia é mais adequada para grandes volumes de carga (acima de 10 milhões de toneladas por ano) e para o transporte de produtos não perecíveis a grandes distâncias.
A rodovia, segundo a Aneor, é insubstituível nos deslocamentos de cargas e de pessoas a distâncias menores e para pequenos volumes, nos casos em que é importante a rapidez na entrega.

A ANEOR ESTIMA EM
2,5 bilhões de reais o prejuízo anual que a falta de conservação das estradas federais acarreta ao país

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