São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 1996 |
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Vicentinho pede apoio ao plebiscito Sindicalista propõe que CUT faça campanha IGOR GIELOW
Em editorial no último domingo, a Folha defendeu a utilização do plebiscito como instrumento mais legítimo para a discussão sobre a emenda da reeleição. Proposta de emenda constitucional sobre a reeleição está tramitando no Congresso, com previsão de votação em primeiro turno para janeiro -como quer seu principal advogado, o presidente Fernando Henrique Cardoso. Discute-se quais governantes terão o direito de se reeleger e a vigência da medida. Reeleição Para Vicentinho, a CUT tem que se engajar associando o tema plebiscito à campanha contrária à reeleição que já está ocorrendo. "Concordo com o plebiscito porque ele é mais democrático. Dá oportunidade constitucional para todos, os contra e os a favor, defenderem sua posição com os mesmos recursos", disse o sindicalista. Ele afirma que vai apresentar sua proposta à direção nacional da CUT. "Não sei se vão aceitar, mas essa é minha posição." Vicentinho ressalva que é contrário à reeleição "tal como está sendo apresentada, com mudanças de regras num jogo que já está correndo". Disse ser a favor do princípio da reeleição para ocupantes de cargos executivos -presidente, governador e prefeito. "É um direito natural, mas não do jeito que estão querendo fazer", afirmou. Paulinho Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, o plebiscito não é uma boa idéia. O sindicato é o principal ligado à central Força Sindical. "Os deputados tinham que decidir sobre isso, e rápido, para tirar o país da atual paralisia. O governo tem que se preocupar com o desemprego em 97", disse Paulinho. Ele crê que sua posição é uma defesa da democracia representativa. "O povo elegeu os deputados para eles tomarem decisões como essa." Paulinho afirma ser defensor da reeleição. "Eu tenho esse direito como presidente do sindicato. Como poderia criticar o presidente do país? Além disso, não acho que FHC vá necessariamente ser reeleito se a emenda passar. Ele tem que mudar a política econômica e reduzir o desemprego para isso", afirmou o sindicalista. Texto Anterior: Sem o presidente, sucessão embola Próximo Texto: Para começar o ano, a ode do astrônomo Carl Sagan à ciência; Faltam 18 votos; Chega para lá; Trabalheira; Demarcação; Reciclagem fracassada virou sucesso oficial; Mais televisões no Brasil e empregos na Ásia; O sargento cego é um deputado que enxerga; ENTREVISTA; Boa notícia Índice |
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