São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 1996
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Rota de turismo é bem conservada

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Inaugurada há três anos, a Linha Verde -142 quilômetros que ligam Salvador a Aracaju (SE) pelo litoral- é uma das exceções em meio às rodovias que cortam os principais Estados brasileiros.
Desde a sua origem, na Praia do Forte (a 70 km de Salvador), o motorista que circula pela Linha Verde tem à disposição uma completa sinalização a cada km, acostamento em toda a sua extensão e não vê nenhum buraco.
Os acessos às praias localizadas às margens da estrada e todas as curvas perigosas estão indicados por placas com ótima visibilidade.
Até o seu final, na praia de Mangue Seco (paisagem que inspirou Jorge Amado a escrever "Tieta do Agreste"), a Linha Verde passa por vilas de pescadores, dunas e praias que somente se tornaram conhecidas após a inauguração da estrada.
Problemas
Apesar de elogiar a condição da estrada, os motoristas que circulam pela Linha Verde reclamam da falta de um posto de gasolina.
Quem não estiver preparado pode realmente enfrentar problemas. Há um posto de combustível 5,5 km antes do início da Linha Verde.
Percorridos 3 km de estrada, uma placa indica que o próximo posto está 153 km adiante, mas, na realidade, há um posto a 106 km da placa, no distrito de Conde.
Em todo o seu percurso, a Linha Verde também não oferece "apoio" aos motoristas. Não há postos de emergência, telefones instalados no acostamento e, 20 quilômetros após o seu início, os celulares não funcionam.
Mas há uma borracharia, localizada no km 60 da rodovia.
No km 67, a sinalização na pista da estrada é precária. As faixas amarelas e brancas não são visíveis. Na semana passada, funcionários do Derba (Departamento de Estradas e Rodagem da Bahia) estavam percorrendo a rodovia para remarcar a sinalização.
Pousadas
Nos 142 km da Linha Verde, apenas quatro de suas 15 praias oferecem acomodação com algum conforto -Subaúma, Imbassahy, Sítio do Conde e Mangue Seco. As quatro têm posadas e cobram em média R$ 60 pela diária, com café da manhã.
Para preservar o asfalto da estrada, o governo baiano proibiu o tráfego de caminhões na Linha Verde nos finais de semana.
Em todo o percurso há dois postos da Polícia Rodoviária.

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