São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 1996 |
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Pistas que ligam RS à Argentina são ruins
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
A 472, caminho mais curto para os argentinos que desejam ir a Santa Catarina ou ao centro do país, é considerada "uma estrada que terminou" devido ao mau estado de sua pista. "A estrada será totalmente reconstruída e não somente recuperada", prometeu o governador Antônio Britto, quando acertou com o Ministério dos Transportes a encampação da obra pelo Estado. Até o final de 1998, prazo de conclusão da obra, o governo gaúcho deve investir R$ 20 milhões na rodovia, que começa em Barra do Quaraí (fronteira com o Uruguai), passa por Uruguaiana (principal acesso para os argentinos) e vai até São Borja, totalizando 250 km. "A estrada está em péssimas condições, com muitos buracos", disse o engenheiro Hiran Moreira de Oliveira, do setor de restauração do DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem). Em alguns trechos não há mais asfalto, e a solução foi passar niveladora no chão. Segundo Oliveira, a vida útil da 472, que tem mais de 20 anos, esgotou-se por causa do tráfego pesado e manutenção insuficiente, entre outros fatores. BR-290 O trecho da BR-290 entre Porto Alegre e Uruguaiana, de 638 km, foi percorrido pela Agência Folha no último dia 18. É o caminho mais curto para quem vem da fronteira oeste ao centro do Estado, à capital ou ao litoral gaúcho. Quem chega da Argentina pega logo de cara o pior trecho da estrada: os 140 km entre Uruguaiana e Alegrete. Não há sinalização horizontal (pintura na pista) e há muitos buracos. Quando chove, como aconteceu no dia da volta, é muito perigoso trafegar, pois os buracos ficam encobertos pela água. Os cerca de 90 quilômetros entre Alegrete e Rosário do Sul, que era a parte mais crítica da rodovia, está sofrendo recapeamento (a primeira fase foi concluída, faltando as etapas seguintes, que devem se estender por todo o ano de 1997). O trabalho dos operários obrigou a duas paradas de dois ou três minutos para dar passagem ao fluxo em sentido contrário. Os 370 km de Rosário do Sul a Porto Alegre são de estrada boa, para os padrões brasileiros. Os buracos são poucos, mas a sinalização é falha e há mato crescendo no acostamento. Texto Anterior: Rota de turismo é bem conservada Próximo Texto: Dutra terá 'espionagem eletrônica' em 97 Índice |
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