São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Dutra terá 'espionagem eletrônica' em 97
DA FOLHA VALE A empresa NovaDutra prepara para 97 um sistema de "espionagem eletrônica" na via Dutra.O sistema prevê a instalação de sensores para medição de velocidade capazes de identificar o veículo por meio de fotografia. Os locais para a instalação dos sensores estão sendo mapeados com base em trechos com maior incidência de acidentes. O objetivo da "espionagem eletrônica" é tentar reduzir acidentes e atropelamentos com mortes. Entre março e novembro deste ano, o número de acidentes aumentou 159% na rodovia. A Dutra também registrou 26% de aumento no número de mortes nesse período, a maioria por atropelamento. Foram 5.355 acidentes, que provocaram ferimentos em 3.275 pessoas e mataram 388. Proposta A proposta para a instalação dos sensores será enviada ao Ministério da Justiça, responsável pela aplicação de multas nas rodovias federais. O diretor de Operações da NovaDutra, Omar de Castro Ribeiro Júnior, 47, disse que o estudo deve estar concluído em fevereiro. O Ministério da Justiça não se pronunciou. A proposta tem o apoio da Polícia Rodoviária Federal, vinculada ao órgão. "A identificação dos veículos em excesso de velocidade é a única maneira de reduzir acidentes na Dutra", disse Luiz Roberto Lencione, comandante da 2ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal. Caso a proposta da NovaDutra seja aprovada, um dos trechos entre São José dos Campos e Jacareí deve ser um dos locais a ter "espionagem eletrônica". O local é considerado um dos mais perigosos do trecho paulista da rodovia, na opinião do diretor de Operações da NovaDutra. Os outros trechos perigosos são a saída das marginais de São Paulo até Arujá e a saída do Rio. Segundo Ribeiro, esses trechos somam um total de 64 quilômetros e respondem por 45% dos acidentes da Dutra. "Se somarmos esses pontos, teremos apenas 16% da rodovia, que tem 402 quilômetros de extensão", disse Ribeiro Júnior. Consórcio A NovaDutra vai investir R$ 200 milhões na Dutra até março de 97. O investimento será feito em obras de manutenção e recuperação. A NovaDutra é formada por um consórcio das empresas Camargo Correa e Andrade Gutierrez. O grupo assumiu a rodovia em março e tem concessão para administrar a Dutra por 25 anos. Segundo a NovaDutra, 35% das obras previstas já foram executadas. Entre os serviços feitos estão recuperação de pontes, defensas metálicas e barreiras de concreto. Texto Anterior: Pistas que ligam RS à Argentina são ruins Próximo Texto: Prefeitos vão parar programas premiados Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |