São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 1996 |
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Família pesa na troca de pátria
RODRIGO BUENO
"Quero que minha mulher e meus filhos passem sem problemas pela Europa", diz o artilheiro da seleção chilena Zamorano. Para os jogadores latino-americanos, integrar a Comunidade Européia representa conduzir os parentes ao que é chamado Primeiro Mundo. Os filhos dos atletas recebem, automaticamente, os benefícios por serem "europeus". "Meu filho pode estudar na França ou na Inglaterra", diz o agora espanhol Mauro Silva, cujo filho nasceu em La Coruña. A própria mulher do volante estuda obter a dupla cidadania. Outro que optou por criar a prole na Europa é Redondo. "Meu filho Fernando é espanhol, o que é motivo de alegria. Todos em casa somos e queremos a Espanha como parte de nós", diz. A irmã do centroavante Caio vive com o jogador na Europa. Além de desenvolver outra língua, tem a oportunidade de estudar em uma escola italiana. Já o meia brasileiro Valdo, que atua no futebol português, ganhou a dupla cidadania ao casar com uma portuguesa. Graças a mulher, Valdo atua hoje no Benfica sem ocupar uma vaga de estrangeiro. Já o atacante argentino Caniggia enfrentou problemas familiares ao retornar ao seu país. A mulher do jogador se negou a deixar a Itália para morar na Argentina. A pressão da companheira fez com que o jogador voltasse à Europa. (RBu) Texto Anterior: Bola esquece certidão de nascimento Próximo Texto: História registra ilustres jogadores 'vira-casacas' Índice |
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