São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 1996
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HISTÓRIAS

Uma lenda asteca conta que as sementes de cacau foram trazidas do paraíso e que quem as come adquire sabedoria e poder.

Os maias e astecas utilizavam sementes de cacau tanto para produzir chocolate quanto como moeda em transações comerciais.

Segundo um relato do conquistador espanhol Bernal Díaz del Castillo, o último imperador asteca, Montezuma, consumiu durante um banquete mais de 50 jarros de "chocolatl". A bebida era considerada a razão de seu poder de sedução sobre as mulheres. Deste relato nasceu a crença nos poderes afrodisíacos do chocolate.

Desde sua chegada à Europa, os espanhóis mantiveram em segredo, em mosteiros, a fórmula de produzir chocolate.

O viajante italiano Antonio Carletti quem se apropriou do segredo dos espanhóis, em 1606, e o difundiu para as outras partes da Europa.

Em 16 de junho de 1657, uma notícia do jornal londrino "Publico Advertiser" assinalava a aparição de uma casa de chocolate em Londres: "Na Bishopsgate Street, em Queen Head Alley, há uma casa de um francês, onde se pode comprar uma excelente bebida das Índias Ocidentais, chamada chocolate".

Depois de Montezuma, Maria Tereza, mulher do rei Luís 14 da França, é conhecida como a primeira chocólatra célebre. Dizia ter duas paixões na vida: o rei e chocolate.

Em 1674, os empórios de chocolate começam a vender o produto na forma de pãezinhos e de bolos.

Em "O Bom Uso do Chá, do Café e do Chocolate", um opúsculo publicado em Paris em 1687, o autor recomenda o uso medicinal da substância "a todos que tiverem a infelicidade de ser acometidos da mais universal das doenças galantes", a sífilis.

Em fins do século 17, começa a popularização do chocolate, quando à bebida começam a ser misturadas outras substâncias, como leite, vinho, cerveja e adoçantes.

Por volta de 1795, o médico inglês Joseph Fry inventou um mecanismo para moer sementes de cacau. O mecanismo permitiu a produção de chocolate em larga escala.

Em 1847, a empresa Fry & Filhos lançou um "chocolate para comer", que é considerado o primeiro chocolate em barra.

A invenção, em 1828, da prensa de cacau deu início à redução do preço do chocolate e difundiu seu consumo entre as massas.

O suíço Daniel Peter, de Vevey, desenvolveu, por volta de 1876, um método de fazer chocolate ao leite sólido. Ele vendeu sua invenção para uma empresa suíça, a Nestlé.

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