São Paulo, domingo, 29 de dezembro de 1996
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"Beto Rockfeller' revolucionou a TV'

DANIEL CASTRO; MARIANA SCALZO
DA REPORTAGEM LOCAL

Terceira novela mais votada na enquete da Folha, junto com "Gabriela", "Beto Rockfeller" (1968/69) é considerada um marco da TV brasileira.
"'Beto Rockfeller' veio para romper com os padrões vigentes, com os barões e outros arquétipos antigos no estilo de 'O Direito de Nascer"', atesta Lima Duarte, que a dirigiu -e votou nela.
Beto Rockfeller (Luiz Gustavo), o protagonista, era um anti-herói. Suas atitudes -boas e más- se aproximavam das pessoas comuns.
Era um trabalhador que se passava por rico e se dividia entre duas mulheres: a rica, Lu (Débora Duarte), e a humilde, Cida (Ana Rosa).
"Foi a primeira grande novela renovadora da TV. Rompeu com o folhetim", lembra Lauro César Muniz, autor de "Roda de Fogo", entre outras.
"Gabriela" foi a primeira tentativa bem-sucedida de adaptação de romance moderno para a TV -no caso, "Gabriela, Cravo e Canela", de Jorge Amado.
"'Gabriela abriu a TV para o romance. Quebrou o preconceito dos intelectuais contra a adaptação literária", diz Walter Avancini, que a dirigiu em 1975.
A novela se passava nos anos 20, em Ilhéus (Bahia), e retratava os fazendeiros de cacau. Mostrava a subserviência da população diante do coronelismo da época.
Foi a primeira grande novela de Sônia Braga, a retirante Gabriela, que se apaixona pelo turco Nacib (Armando Bogus).

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