São Paulo, segunda-feira, 30 de dezembro de 1996
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Ria com a Guerra Fria

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

Depois de deixarem seus assinantes a pão e água por um bom tempo, as emissoras decidiram tirar a diferença nos últimos dias do ano.
Mas há uma opção que pode passar quase despercebida, por causa do horário: "Cupido Não Tem Bandeira" (TNT, 4h de terça). E será uma pena pelo menos não pôr para gravar.
Enquanto tantos filmes ainda tentam requentar a Guerra Fria, Billy Wilder foi ao coração do conflito -Berlim- para observá-lo, em 1961. O filme foi rodado pouco antes de os comunistas construírem o famoso Muro.
E Wilder não foge da briga. Com toda a ironia do mundo, faz a filha de um executivo da Coca-Cola se apaixonar por um alemão oriental (portanto, comunista).
Temos, com isso, uma espécie de "Romeu e Julieta" no planeta da ideologia. E como Berlim é um lugar apropriado para lembrar que a história se repete como farsa, Wilder opta pelo farsesco: de James Cagney dançando aos comunistas que dançam o rock (na verdade, uma espécie de valsa animadinha), tudo faz rir.
(IA)

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