São Paulo, terça-feira, 31 de dezembro de 1996
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Maia obtém melhor desempenho no fim

DA SUCURSAL DO RIO

FERNANDA GODOY
O resultado da pesquisa Datafolha do último dia 16, dando ao prefeito Cesar Maia (PFL) 52% de aprovação -seu maior índice durante os quatro anos de gestão-, comprova o que as urnas já haviam demonstrado: a estratégia de Maia deu certo.
O prefeito acumulou, no começo do mandato, recursos que foram gastos no último ano de governo.
No início, as obras financiadas por esse dinheiro -cerca de R$ 1 bilhão- ameaçaram transformar o Rio na sucursal do inferno.
No verão de 95/96, com temperaturas escaldantes, Maia colocou em marcha o projeto Rio-Cidade, de reurbanização de 17 bairros -basicamente ao mesmo tempo.
Presos em congestionamentos que se espalhavam por toda a cidade, os cariocas decoravam seus carros com plásticos que diziam "Eu odeio Cesar Maia".
Maia teve sangue frio e precisão no planejamento eleitoral. À medida que as obras ficaram prontas, sua popularidade disparou.
Em abril deste ano, 25% dos cariocas avaliavam positivamente a administração Maia. Em julho, essa fatia havia engordado para 42%. Quando chegou o mês de outubro, hora do primeiro turno, o índice pró-Maia havia chegado a 44%.
O prefeito elegeu com facilidade seu sucessor, o até então desconhecido Luiz Paulo Conde, seu secretário de Urbanismo e arquiteto do Rio-Cidade.
Segundo o Datafolha, 53% dos cariocas apontaram o asfaltamento e o calçamento de ruas -leia-se, o Rio-Cidade- o ponto alto da administração Cesar Maia.
O segundo item da lista, saneamento básico, teve apenas 6%.
Conde
Para 34% dos entrevistados pelo Datafolha, Conde deverá ter um desempenho melhor que o de Cesar Maia. Mas a maioria (53%) acredita que ele será um prefeito do mesmo nível. Só 6% apostam que Conde será pior que Maia.
Os mais confiantes em um desempenho superior de Conde são os simpatizantes do PT (35%), as mulheres (35%), os que possuem renda superior a 20 salários mínimos (37%) e os mais jovens (41%).

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