São Paulo, terça-feira, 31 de dezembro de 1996
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Cresce greve contra Orçamento

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Uma greve geral contra os planos do governo conservador de Binyamin Netanyahu de conter o déficit no Orçamento e privatizar estatais paralisou Israel ontem até as 16h (12h em Brasília).
Centenas de milhares de trabalhadores aderiram ontem aos protestos, que entraram no quarto dia. O movimento convocado pela central sindical Histadrut é o maior protesto popular já enfrentado por Netanyahu.
A Bolsa de Valores de Tel Aviv, empresas públicas, bancos, portos, refinarias e escolas fecharam. Hospitais funcionaram apenas para atendimento de emergência. Transmissões de TV e rádio sofreram interrupções.
Os transportes públicos e os serviços de correio também foram atingidos. O governo calcula que os prejuízos acumulados entre domingo e ontem chegariam a US$ 100 milhões.
O objetivo da Histadrut é fazer a maior das paralisações amanhã, quando o Parlamento vai votar a proposta orçamentária de Netanyahu.
O projeto prevê economia de 7 bilhões de shekels (a moeda israelense, US$ 2,3 bilhões).
O premiê acusou a greve de ser política e de ser organizada pelo Partido Trabalhista, principal força de oposição ao seu Likud.
"O país não é de vocês (grevistas). Os trabalhadores não têm idéia do que se trata a greve. Não se faz greve geral por tão pouco. Tudo isso é uma irresponsabilidade", disse Netanyahu.

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