São Paulo, quinta-feira, 1 de fevereiro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Bresser aceita teto salarial de R$ 10,8 mil

DANIELA PINHEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Luiz Carlos Bresser Pereira (Administração e Reforma do Estado) aceita aumentar para R$ 10,8 mil o teto salarial do funcionalismo público. O valor corresponde aos salários de final de carreira do STF (Supremo Tribunal Federal).
A emenda do governo que promove a reforma administrativa fixa como limite o vencimento do presidente da República, que hoje é de R$ 8.500. A proposta de alteração do teto foi apresentada pelo relator da emenda, deputado Moreira Franco (PMDB-RJ).
Bresser concordou e disse que, em lei complementar, o salário do Executivo será limitado a 70% do novo teto (R$ 7.560). Haverá um ganho de R$ 1.160. Atualmente, o maior salário do servidor do Executivo é de R$ 6.400.
"O limite de R$ 7.560 seria real. Não haveria mais adicionais. Hoje o teto é menor, mas somam-se tantas vantagens que, ao final, o salários ficam absurdos."
Alguns advogados sustentam que o texto da Constituição possibilita o entendimento de que os R$ 6.400 são o salário base, sem contar as gratificações e benefícios.
Pela nova proposta, não seriam permitidos mais acréscimos na remuneração dos servidores.
Em relação ao reajuste para o funcionalismo, Bresser disse ser possível uma reposição "diferenciada", a ser considerada depois da aprovação do Orçamento de 96.
Tudo vai depender da "sobra" de recursos. Segundo ele, mesmo se não for dado o aumento, os servidores vão poder manter seu padrão de vida, pois houve um ganho real de 28% de 94 para 95.
"Não há muita necessidade de dar aumento para os servidores que estão ganhando tão bem".

Texto Anterior: TCU aprova gestão de Motta em estatal
Próximo Texto: PT é contrário ao fim da estabilidade
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.