São Paulo, quinta-feira, 1 de fevereiro de 1996
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Cesariana aumenta riscos

RICARDO BONALUME NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O tipo de parto contribui para aumentar os riscos de vida das mães brasileiras. As cesarianas eram 15% dos partos em 1970, passaram a 31% em 1980 e 34% em 1990. "Em alguns municípios do Estado de São Paulo, as cesarianas são 70% dos partos", afirma a demógrafa Elza Berquó.
Um dado importante: o risco de morte da mãe é 2,9 vezes maior nas cesarianas.
O alto índice de cesarianas no país associa-se com a tendência de as mulheres usarem a esterilização como método contraceptivo -em São Paulo, 80% das laqueaduras foram feitas durante cesarianas.
Os levantamentos mostram que as brasileiras usam basicamente dois métodos contraceptivos: laqueadura e pílula. A idade média de esterilização é 31 anos.
Segundo Berquó, houve uma mudança no comportamento da mulher entre 86 e 92. Os motivos citados com mais frequência em 86 para justificar a laqueadura eram "problemas de saúde"; já a maioria das paulistanas, seis anos depois, dizia que estava fazendo a operação de esterilização porque não queria ter mais filhos.
(RBN)

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