São Paulo, quinta-feira, 1 de fevereiro de 1996
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Para Maia, guardas devem ser mais enérgicos

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

O prefeito César Maia (PFL) acha que faltou "energia" na ação dos guardas municipais que atiraram contra a camionete Mitsubishi do comerciante Márcio Antônio Freitas de Lima.
Para o prefeito, a atitude dos seguranças não foi correta.
"Numa situação dessas, eles devem ser mais enérgicos. Eu vou pedir que a Guarda Municipal tenha mais energia na sua ação", disse o prefeito em entrevista à rádio CBN.
"A energia deveria ser mais usada do que foi nessa ação", afirmou César Maia.
Maia disse ainda que foi encontrada no carro "uma erva, que se supõe ser maconha".
O prefeito afirmou também que o motorista "estava aparentemente drogado".
O delegado-adjunto da 15ª DP (delegacia de polícia), Alcides Pereira, negou que o comerciante portasse maconha e estivesse sem documentos.
O prefeito disse que a camionete Mitsubishi passou cinco vezes em frente à Gávea Pequena.
"O homem passou de forma mais que suspeita. Uma vez pode ter errado o caminho, mas na quinta vez foi dada ordem para que ele parasse o veículo", afirmou Maia.
"Ele não parou, e os disparos foram feitos", disse o prefeito César Maia.
Segundo ele, em situações como a da madrugada de ontem, "a ordem é atirar no veículo".
"A ordem é para que sejam dados tiros no pneu, para interromper o curso do veículo", disse o prefeito.
Maia afirmou que os seguranças da Guarda Municipal que vigiam a Gávea Pequena e o Palácio da Cidade (sede social da prefeitura) são autorizados pela PM a portar armas.
A ordem para que eles portassem armas, segundo o prefeito, foi dada na segunda administração do ex-governador Leonel Brizola (entre os anos de 1991 e 1994).
(ST)

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