São Paulo, quinta-feira, 1 de fevereiro de 1996
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Indústria paulista cresce 3,3% em 95, diz a Fiesp

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria paulista cresceu 3,3% em 1995, de acordo com os dados do INA (Indicador do Nível de Atividade) divulgados ontem pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
O desempenho da indústria paulista no ano passado ficou bem abaixo dos anos anteriores, quando teve expansão de 11,7% em 1993 e de 7,9% em 1994.
Boris Tabacof, diretor titular do Departamento de Economia da Fiesp, disse que o resultado de 1995 confirmou as previsões feitas pela entidade ao longo do ano.
Para Tabacof, a indústria teve um 2º semestre fraco como resultado das medidas governamentais para o desencorajamento do consumo, a partir de maio, o que fez a média anual, disse, ficar com um número "ridículo".
A análise do desempenho trimestral do INA reforça a avaliação de Tabacof: após crescer 4,5% no 1º trimestre, o indicador mostrou forte queda de 4,3% e 13,6% nos 2º e 3º trimestres, voltando a crescer (1,5%) no último trimestre do ano.
Apesar do Natal, o mês de dezembro foi fraco para a indústria paulista. O INA caiu 1,4% em relação a novembro. A queda das vendas reais de 9,2%, no período, foi ainda mais expressiva.
O INA dezembro de 1995 registrou um declínio significativo de 16,6% em relação ao do mesmo mês do ano anterior e as vendas reais tiveram queda de 10,6%
Tabacof disse que a Fiesp espera um ano de "relativa estabilidade" em 1996. "Todos os fatores internos e externos indicam que, sem fatos novos, haverá pouca expansão da atividade industrial."
Tabacof disse que a indústria paulista acredita que a inflação terá um comportamento declinante em 1996. Na reunião de ontem do Conselho Superior de Economia da Fiesp, formado por representantes de todos os setores econômicos, a convergência de opiniões indicou uma taxa de inflação de 15% este ano.
A Fiesp, disse, vai sugerir fatores dinâmicos, sem prejudicar a estabilidade, para estimular o crescimento a taxas que a indústria deseja e a situação social do país exige. Tabacof destaca dois fatores como pilares do incentivo à atividade industrial: exportações e investimento.

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