São Paulo, quinta-feira, 1 de fevereiro de 1996
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Doze grupos estrangeiros devem vir a SP

MÔNICA MAIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Ruth Escobar fez contato com 12 companhias da Europa para a 6ª edição do Festival Internacional de Artes Cênicas, mas não assinou contrato por causa de ferimentos que sofreu durante um assalto em Paris. Ela levou três facadas no rim direito em 12 de janeiro.
Escobar retornou a São Paulo na última segunda-feira e ainda está em fase de recuperação. Ela foi à Europa para fazer contatos e selecionar atrações para o festival, programado para começar dia 15 de agosto. "Fechamos com 12 companhias, mas ainda não assinamos o contrato porque todo o nosso cronograma de trabalho foi prejudicado", afirmou Escobar.
Entre os convidados, ela destacou o Marionettes sur l'Eau du Vietnam e a companhia de dança da indiana Chandra Leka. "Uma Pina Bausch da Ásia", disse.
Outras atrações são: a companhia de dança de Philippe Decouflé; Royal De Luxe, com o espetáculo "Le Peplum" sobre cem anos de cinema; o Centre Choréographique Narional d'Orléans e o Centre National des Arts du Cirque, ambos dirigidos por Joseph Nadj; a o grupo de teatro musical Carles Santos, de Barcelona; a companhia Deschamps e Deschamps, de Jérome Deschamps e Macha Makeieff com o espetáculo "C'est Magnifique", Michel Moglia com o espetáculo de rua "Orgue a Feu"; os argentinos do grupo La Guardia, a companhia canadense Robert Lepage e o norte-americano George Coats.
"Ruth deveria viajar dia 17 para San Francisco para encontrar com George Coats, que lida com espetáculos de realidade virtual. Adiamos a viagem por pelo menos 30 dias", disse Walter Roberto Malta, diretor executivo do festival. Ele irá à Eslovenia, Croácia, Espanha para selecionar grupos.
"O Festival de Artes Cênicas ficou bastante comprometido. Esse seria o momento que teria que fazer captação de recursos no Brasil. Nas minhas condições de saúde não posso. Mas estarei despachando e adiantando serviços do escritório", disse Escobar.
Para 1998 Escobar pretende trazer o espetáculo com cavalos e músicos indianos da companhia Zingaró.
"Assisti no Fort D'Aubervilles. Mas eles partem agora para uma temporada no Brooklyn Academy, em Nova York", afirmou Escobar.
Segundo a produtora teatral, o levantamento dos custos iniciais, sem a parte técnica, aponta despesas de US$ 2,2 milhões. "Temos R$ 500 mil, aprovados pela Prefeitura. Vou ver até onde é possível aumentar esta verba. Tivemos parceria com o Sesc no ano passado. Mas os médicos dizem que só estarei totalmente recuperada daqui a quatro meses, perto do festival. Jamais teremos a mesma dimensão do festival do ano passado", disse.

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