São Paulo, quinta-feira, 1 de fevereiro de 1996
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Aluno usou gravidade para inventar descarga

DAVID DREW ZING
DO ENVIADO ESPECIAL

Cambridge sempre forneceu as melhores e mais inteligentes cabeças da Inglaterra e do mundo. Mesmo uma lista parcial de pessoas inspira respeito.
Juntamente com sua universidade irmã, Cambridge sempre foi a principal escada ao poder e distribuidora de prêmios brilhantes em matéria de realizações mundanas.
Foi em Cambridge que estudou William Harvey, o médico do século 16 que descobriu a circulação do sangue. Trinity College, uma das faculdades, produziu mais do que sua parcela devida de poetas.
As aventuras românticas de Lord Byron começaram lá e também as de A.E. Houseman e Alfred Lord Tennyson.
Talvez você já tenha lido as aventuras pastoris de Winnie-the-Pooh (no Brasil, Ursinho Puff) em inglês, português ou latim. O criador de Winnie, A.A. Milne, estudou em Cambridge.
Dois alunos de Cambridge dramaticamente contrastantes nasceram no mesmo ano, 1889: o sombrio filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein e o primeiro premiê da Índia, Jawaharlal Nehru.
Cambridge também já contribuiu com sua parcela de cientistas. Isaac Newton estudou aqui antes da maçã cair em sua cabeça.
A lei da gravidade também entrou nos cálculos do inventor de um dos artefatos mais preciosos do homem moderno. John Harrington estudou no King's College antes de criar a privada com descarga.
Toda pessoa viva já foi afetada pelas revolucionárias teorias econômicas de outro estudante de Cambridge, John Maynard Keynes, também de King's College.
O matemático Charles Babbage estudou na Peterhouse no século passado. Babbage criou uma complicada máquina de calcular que foi precursora do computador.
Outro aluno emigrou para os EUA em protesto contra as perseguições religiosas do século 17. Seu nome era John Harvard, e ele se tornou o principal benfeitor daquela outra universidade.
Cambridge, na época do rei Eduardo 7º, no fim do século 19, era uma universidade mundial porque, junto com Oxford, formava a elite política e social da potência mundial: a Inglaterra.
Faz tempo que a Inglaterra não tem mais império, mas, ainda em 1960, um professor de Cambridge falava de sua missão de "civilizar os nascidos para cumprir responsabilidades grandiosas".
Hoje, Oxbridge pode ser mais igualitária do que naquela época, mas uma coisa não mudou: ainda é aqui que a realeza estuda. Um dos alunos recentes foi sua alteza real o príncipe de Gales.
(DDZ)

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