São Paulo, quinta-feira, 1 de fevereiro de 1996
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Campos de Oxford serviram a bois e reis

DAVID DREW ZINGG
DO ENVIADO ESPECIAL AO REINO UNIDO

Oxford, enquanto cidade inglesa, é mais ou menos nova, mas a universidade propriamente dita é uma das mais velhas da Europa.
O nome Oxford, em inglês, significa literalmente um lugar para bois atravessarem o rio -no caso, o Tâmisa, que nasce em um campo não muito longe da cidade.
O local onde se atravessava o rio recebeu um piso de pedras para que os animais não afundassem em seu fundo pantanoso, construída em meados do século 8º d.C.
A universidade foi surgindo aos poucos. Já em 1090 havia homens eruditos lecionando em Oxford.
A Universidade de Paris deu uma mãozinha, sem querer, quando, em 1167, expulsou todos seus alunos e docentes ingleses. A primeira menção a uma universidade organizada, com reitor, é de 1214.
Walter de Merton fundou a primeira faculdade (college) formal de Oxford 50 anos depois. Sendo um homem modesto, ele a chamou de Merton College.
A realeza é associada à universidade há muito tempo. Henrique 1º, o "Rei Erudito", veio residir em Oxford, e por todo o decorrer da história os príncipes e futuros reis vieram aqui para "ler" (estudar) para seus diplomas. Ricardo Coração de Leão nasceu ao lado do lugar onde hoje fica o museu Ashmolean, no centro da cidade.
Nos primórdios de Oxford, estudar na universidade significava adotar uma carreira vitalícia. O estudante ingressava na faculdade, aos 16 anos, para fazer um curso de artes liberais que durava sete anos. Depois, lecionava alguns anos para se qualificar para o mestrado.

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