São Paulo, sexta-feira, 2 de fevereiro de 1996 |
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Belisário promete água e estrada aos sem-terra
LUIZ MALAVOLTA
Santos Júnior prometeu aos assentados a construção de 52 poços para abastecimento de água, a construção de estradas rurais e atendimento médico às famílias. Ele disse que, se fosse necessário, iria solicitar recursos do Fundo de Assistência do Pontal do Paranapanema, do governo paulista, que dispõe de R$ 1 milhão. Os assentados reclamaram ao secretário que a escassez de água potável e a falta de condições para trabalhar a terra são os maiores problemas que eles enfrentam. Santos Júnior disse que os assentamentos feitos pelo governo do Estado são "irreversíveis" e afirmou que as resistências existentes ocorrem por causa de "interesses contrariados". Santos Júnior não disse quais interesses estariam sendo contrariados. Mas afirmou que as resistências são feitas por membros do MST e de fazendeiros do Pontal. "Esses assentamentos foram discutidos amplamente no segundo semestre do ano passado, envolvendo o MST e os ruralistas. Quando começamos a implantá-los, em dezembro, surgiram resistências de todos os lados porque interesses estariam sendo contrariados", declarou. "Será que estamos, com esses assentamentos, desagradando aos dois lados interessados na questão, que viveriam em função dos conflitos de terra?", disse, referindo-se ao MST e aos fazendeiros. O governo do Estado obteve 5.000 hectares de terras nessas fazendas, onde, segundo o Itesp (Instituto de Terras do Estado), foram assentadas 1.300 famílias. O MST diz que o governo do Estado está "mentindo" e afirma que as famílias foram jogadas nas terras sem qualquer infra-estrutura ou assistência. Texto Anterior: Governo aceita negociar propostas da CUT Próximo Texto: Sem-terra e juiz do Pontal trocam acusações Índice |
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