São Paulo, sexta-feira, 2 de fevereiro de 1996 |
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Banco perde dinheiro com acordo
SILVANA QUAGLIO
Segundo depoimento do secretário Yoshiaki Nakano (Fazenda) aos líderes de partidos políticos na Assembléia, ontem à tarde, o acordo está demandando esforços de todos os envolvidos, portanto o banco terá de dar sua contrapartida. A perda acontece porque o acordo congela a dívida do Estado de São Paulo com o Banespa em 15 de dezembro de 94. Naquela data, o Estado devia R$ 15,1 bilhões ao banco. O Banespa continua, entretanto, rolando uma dívida de R$ 8 bilhões com o Banco Central diariamente, sobre a qual incidem juros. Com a dívida do governo para com o banco congelada para o saneamento, o banco terá de tirar de seu patrimônio a diferença para pagar os juros ao BC. O governo mantém a meta de votar o projeto na Assembléia até o Carnaval. Mas já admite negociar modificações que não desfigurem o acordo. A primeira delas será enviada hoje à Assembléia pelo próprio governo. Trata-se de um termo aditivo ao projeto de lei estabelecendo as fontes de receita de onde serão retirados recursos para os pagamentos que São Paulo fará à União neste ano -R$ 65 milhões ao mês a partir da aprovação do acordo. Por causa do aditivo, o prazo para emendas dos parlamentares que se encerrava hoje foi estendido até segunda-feira. A previsão na Assembléia é de que o acordo será aprovado. Texto Anterior: Acordo do Banespa gera lista de pedidos Próximo Texto: BNDES confirma a venda do Meridional Índice |
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