São Paulo, sexta-feira, 2 de fevereiro de 1996
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Guia dá dicas para gay se divertir no Rio

DA SUCURSAL DO RIO

O sambódromo, principalmente a arquibancada, não é o local ideal para os gays interessados em "passar alguém na cara" durante o Carnaval do Rio. Ali, a paquera pode até acontecer, mas o melhor mesmo é ver o desfile.
A dica está no capítulo "O Carnaval Gay", do "Guia do Carnaval no Rio de Janeiro/96" (Casa Amarela Editorial, 192 páginas, R$ 12,00). O guia chega às bancas e livrarias na próxima semana.
O jornalista Felipe Ferreira, autor do guia, explica na introdução do capítulo que ele foi escrito porque "muito se deve a esse incansável grupo em termos de divulgação e manutenção do espírito carnavalesco carioca".
Com dicas bem-humoradas, o autor seleciona os pontos que considera mais seguros e divertidos para quem quer conhecer os redutos gays do Rio no Carnaval.
"Nem pense em perder o desfile de uma das escolas por causa de um gatinho, por mais desejável que ele possa parecer. Garanto a você que o desfile irá lhe dar mais prazer do que qualquer amasso. E você nem precisa usar camisinha!", afirma o autor, ao descrever o sambódromo.
O guia aconselha o gay a não perder tempo nos banheiros das quadras das escolas de samba, sujos e mal frequentados. "O melhor lugar para uma investida é em torno do centro da quadra, onde muitas pessoas ficam de pé."
Na Estácio de Sá (zona norte), segundo o guia, o gay "pode dar pinta e paquerar à vontade, pois grande parte das pessoas estará fazendo a mesma coisa".
Outro local onde "pode-se dar pinta à vontade" é no meio do desfile, como integrante.
Os bailes gays são recomendados, especialmente o Grande Gala G, na terça-feira de Carnaval, no Scala (Leblon, zona sul). "A impressão que se tem é que todo mundo que interessa está lá dentro", afirma o jornalista.
Nas praias, os pontos estão em frente ao Copacabana Palace (Copacabana) e na rua Farme de Amoedo (Ipanema).

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