São Paulo, sexta-feira, 2 de fevereiro de 1996
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FHC quer acabar com a conta-álcool

SILVANA DE FREITAS; HÉLCIO ZOLINI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso sinalizou ontem o fim da administração da conta-álcool (diferença entre custo de produção e o preço do produto) pela Petrobrás, segundo relato de um grupo de parlamentares e representantes do setor, que pediu uma definição do governo para o Proálcool.
A sinalização ocorreu sem que o governo tenha decidido que destino dará ao Proálcool ou mesmo sobre quem passaria a assumir a conta-álcool.
Essa conta hoje equivale a cerca de R$ 140 milhões por mês (segundo o Ministério de Minas e Energia) e é coberta parcialmente por um mecanismo de compensação no preço da gasolina -que embute em seu preço uma parte do subsídio.
O porta-voz do presidente, Sergio Amaral, disse que a decisão do governo é manter o Proálcool, mas não deu detalhes sobre o futuro da conta-álcool. Ele disse que as formas para manter o programa estão sendo estudadas e não têm data para ser implementadas.
FHC recebeu 13 pessoas, entre parlamentares da frente Sucro-Alcooleira e representantes do setor, não deu garantias de atender a reivindicações -como criação de um imposto sobre veículos poluentes (movidos a gasolina e diesel)- e marcou nova reunião para depois do Carnaval.
"Não é o governo que tem que assumir (essa conta). O presidente disse que nós precisamos trazer isso às claras e o Congresso tem de passar por aí (as modificações no programa seriam por projeto de lei)", disse o deputado José Múcio Monteiro (PFL-PE).
Segundo o deputado, FHC disse esperar uma solução até o dia 22 de fevereiro, quando se reunirá de novo com os parlamentares e representantes do setor. A frente Sucro-Alcooleira reúne bancada de 80 deputados e dez senadores.

Colaborou HÉLCIO ZOLINI, da Sucursal de Brasília.

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