São Paulo, sexta-feira, 2 de fevereiro de 1996
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BC atribui alta da inflação à chuva em SP

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, disse ontem que a alta da inflação ocorrida em janeiro foi consequência de ter "chovido demais em São Paulo", o que teria elevado os preços dos produtos hortifrutigranjeiros.
Por esse motivo, segundo Loyola, a alta não pode ser considerada um "repique" inflacionário.
O presidente do BC previu, citando "a maioria das consultorias" uma inflação "em torno de 1% ou até mais baixa", em fevereiro.
O IGP-M de janeiro, medido pela Fundação Getúlio Vargas, foi de 1,73%.
Loyola disse que a queda de mais de 0,20 ponto percentual dos juros ocorrida anteontem foi apenas mais um passo da política do BC de ajuste gradual, posta em prática desde "meados do ano passado".
O presidente do BC insinuou que os juros de fevereiro ficarão nos níveis atuais.
/INT\>Câmbio O presidente do BC voltou a dizer que a mudança na banda de variação do câmbio (entre R$ 0,97 e R$ 1,06 por um dólar) não significou uma mudança na política cambial do país nem significou uma sinalização de que houve déficit comercial em janeiro.
Segundo Loyola, sua expectativa é de que a balança comercial (exportações e importações) apresentará ligeiro saldo em janeiro.
Ele disse que as exportações cresceram cerca de 20% em relação a janeiro do ano passado e as importações, embora os números ainda não estejam fechados, mostravam tendência de queda na comparação com janeiro de 95.
Loyola não confirmou informação dos interventores do BC no Econômico de que o contrato de venda do banco para o Banco Excel será assinado dia 16.

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