São Paulo, sexta-feira, 2 de fevereiro de 1996
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Exclamações!

JUCA KFOURI

Telmo Martino mudou demais. era uma peça finamente maldosa, mas está decadente. Velha.
Deu até para renegar São Paulo, talvez por ser uma figura jamais convidada para estar no centro da arena, comida pelos "leões famintos", como escreveu em sua coluna no "Globo" sobre o "Roda Viva" com Edmundo. Que pena!
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O sergipano Sidrack Marinho foi o árbitro de Flamengo 2 x 0 Palmeiras, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro de 1994.
Edmundo contou no "Roda Viva" que o apitador primeiro anunciou que era rubro-negro e que não deixaria seu time perder. Depois, pediu uma camisa para Edmundo, que negou.
O árbitro, então, teria estranhado e dito ao craque que ele "estava mudado, mascarado, que não era assim antes".
E ouviu como resposta: "Você também não era tão ladrão". Na lata!
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Gustavo Caetano Rogério, grisalho instrutor de arbitragens da Federação Paulista de Futebol, era o homem que dava aula no Pacaembu durante o jogo Corinthians e Internacional, pelo Campeonato Brasileiro do ano passado, e predispunha seus jovens alunos contra o goleiro Ronaldo.
Que mau exemplo!
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O africano Kennedy veio do futebol da África do Sul, mas nasceu no Zimbábue. Não é, portanto, sul-africano como foi dito aqui. Assim, não é o apartheid que fica vermelho de vergonha. É a coluna!
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O filme sobre a Copa de 1994, "Todos os Corações do Mundo", que entra em cartaz hoje, é uma belíssima metáfora sobre o futebol. Agonia e êxtase, um filme que vai além da bola, fala da vida.
Tem cenas memoráveis, como a de dois jogadores brasileiros se abraçando no final do jogo contra os EUA, vistos por um atleta norte-americano. Só vendo.
Tem Romário sendo examinado dos pés à cabeça por Roberto Baggio momentos antes da final, craques perfilados para entrar em campo. Romário nem olha para os adversários, como se fosse um boxer que nega o olhar ao inimigo.
E tem uma sinfonia para envolver a decisão entre Brasil e Itália, até o último pênalti, que é de arrepiar. Imperdível!
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Quer dizer, professor Josué Machado, que está certo falar "por sobre", que é até castiço, que não redunda num "por por cima"?
Muito obrigado. E viva o Galvão Bueno!

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