São Paulo, sexta-feira, 2 de fevereiro de 1996 |
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Interior culpa desigualdade econômica por insucessos
RODRIGO BERTOLOTTO; RUBENS LEME DA COSTA; BRÁS HENRIQUE
A Ferroviária, outro exemplo, foi goleada por 6 a 1 pelo Palmeiras, no domingo, em sua estréia. O Rio Branco, vice-campeão do Torneio Início, deu partida a sua campanha com um empate, em casa, frente ao São Paulo, e uma derrota, para a Portuguesa. Os times do interior começaram mal o campeonato de 96. Na primeira rodada, no confronto Capital x Interior, foram duas vitórias paulistanas, dois empates e um triunfo interiorano. Contando todos os jogos da rodada, foram 17 gols contra e 9 gols pró. Por essa situação, os dirigentes das equipes do interior responsabilizam a diferença econômica em relação aos clubes da cidade de São Paulo, donos dos maiores orçamentos, patrocinadores e os mais caros jogadores. "A quantia referente aos salários de três jogadores do Corinthians (Ronaldo, Edmundo e Marcelinho) é suficiente para tocar qualquer clube do interior", diz José Mário Pavan, presidente do União São João, de Araras. "É difícil manter um grande jogador no interior", diz Pavan. Comparte da opinião o diretor de futebol do XV de Jaú, Laércio Peroni. "Essa disparidade vai existir durante o Paulista. Não há possibilidade de competir." A segunda rodada do Paulista, que se encerraria ontem à noite, veio comprovar isso. Nos três confrontos Interior x Capital de quarta-feira, aconteceram três vitórias paulistanas. * Colaborou BRÁS HENRIQUE, da Folha Sudeste Texto Anterior: Exclamações! Próximo Texto: Mogi quer ser 'caso à parte' Índice |
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